‘Gênio’, diz coreógrafo de Dumbo sobre Tim Burton
Por Redação - 29/03/19 às 00:05
Kristian Krisof, coréografo e diretor criativo responsável por retratar a beleza do circo dos anos 40 que vemos em Dumbo, foi uma das mentes brilhantes por trás do espetáculo visual que é a versão live-action de Dumbo.
O húngaro já é a quarta geração de sua família a fazer parte do universo do circo e contou que se via muito em Millie (Nico Parker) e Joe Farrier (Finley Hobbins), as crianças do filme, já que cresceu debaixo da lona, entre shows e apresentações. Tendo vivido na pele o que é o dia a dia na tenda, Kristian trouxe para o cinema a mágica que existe nesses bastidores.
Durante a vídeo conferência, Kristian também lembrou como recebeu a notícia de que seria responsável por toda coreografia e parte criativa de Dumbo. Segundo ele, Leila Jones, que estava envolvida na pré-produção, ligou e não disse exatamente o que era o trabalho.
"Me perguntaram se eu estava preparado para algo grande e quando me disseram que não seria ao vivo, e sim cinema, fiquei sem palavras, surpreso. Logo depois da entrevista já entrei em um avião para ir até Londres encontrar Tim Burton", relembrou.
Acostumado com performances ao vivo, o coreógrafo também contou quais foram os maiores desafios na hora de montar a apresentação.
"Dumbo foi o maior desafio, já que eu tinha que imaginar seus movimentos e emoções", disse.
Trabalhando lado a lado com Tim Burton, diretor do filme, Kristian contou como foi estrear no mundo do cinema já trabalhando com um dos grandes gênios da sétima arte.
"Não costumo usar muito a palavra 'gênio', mas ele é um visionário. O cérebro dele é muito rápido, com ele é preciso ir direto ao ponto, porque ele processa as coisas muito rápido", contou.
Umas das preocupações da versão live-action da animação de 1941, é a questão do uso dos animais em apresentações. Tendo crescido no ambiente do circo, Kristian passou um pouco de sua visão sobre o assunto.
"A tradição do circo varia muito de um lugar para outros, mas existem muitos circos que são referência e verdadeiros exemplos no trato com os animais. Os circos seguem normas muito rigorosas para manterem e poderem ter os animais. São extremamente bem cuidados e muitos deles ficam ansiosos para suas apresentações", afirmou.
No filme, vemos dois mundos completamente diferentes: O universo do circo menor, liderado por Medici, personagem de Danny DeVito, e o glamuroso e grandioso de Vandemere (Michael Keaton). Durante a entrevista, Kristian comentou sobre esses ambientes opostos.
"Nós queríamos mostrar os desafios e dificuldades que os circos menores enfrentam para conseguir as coisas, para montar uma apresentação, para atrair o público. Já na Dreamland de Vandemere, é algo glamuroso, bonito, mostra toda a riqueza. Eu tive que pensar grande para fazer esse outro mundo, criamos algo real, mas que nunca tinha sido feito antes".
Apaixonado pelo mundo do circo, o coreógrafo falou sobre o que significa esse universo.
"O circo sempre foi a sensação de pertencer. Sempre esteve e sempre estará aberto a receber todos".
Redação
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