Gilberto Gil ganha R$ 245 mil de rapper americano por uso indevido de música

Uma canção de Gilberto Gil foi usada sem sua autorização em uma campanha publicitária do rapper Tyler, The Creator. O brasileiro decidiu cobrar uma ação e foi indenizado em US$ 50 mil, equivalente a cerca de R$ 245 mil, além de ter recebido um pedido de desculpas do estadunidense.

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A Golf Le Fleur, marca de roupas de luxo criada por Tyler, usou a música “Duplo Sentido”, de 1973, em um vídeo comercial lançado no dia 6 de dezembro. Com quatro minutos de duração, a propaganda exibiu a faixa quase completa.

O rapper afirmou não saber que a música não tinha sido liberada pelo brasileiro e telefonou para se desculpar. A questão foi mediada pela Sony e resultou em uma multa milionária ao artista por ter desrespeitado os direitos autorais. As informações são da Folha de São Paulo. 

Flora Gil comentou o assunto e chegou a pedir um pix do cantor, usando o bom-humor para indicar que ele ainda não pagou a indenização. “Esperando o pix…”, brincou.

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“O rapper americano Tyler, também conhecido como ‘Tyler, The Creator’ pelo estilo inovador e criativo que já lhe rendeu ao menos dois Grammys e um Video Music Awards e seu ingresso como empresário do mundo da moda, escolheu a música ‘Duplo Sentido’, de autoria de Gilberto Gil, para impulsionar a campanha de sua linha de artigos de luxo Golf Le Fleur”, começou a filha de Gil nas redes sociais.

“O vídeo Season 2 Golf Le Fleur foi lançado na semana passada e viralizou nas redes sociais do mundo todo, mas não contou com a autorização prévia de Gilberto Gil e tampouco da Sony Publishing, que administra a obra do autor. O rapper, que diz ser fã de Gilberto Gil, já ligou para ele para tentar resolver a questão e pediu desculpas pelo uso da música sem autorização oficial”, opinou a diretora.

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Mais tarde, Gil compartilhou uma publicação de Evandro Fióti, irmão de Emicida que também realizou uma acusação de plágio recentemente, em que ele comenta o caso. “Amo o querido. Mas ele usou uma música inteira do Gilberto Gil sem qualquer diálogo prévio e negociação de direitos autorais?”, opinou o produtor.

“Não dá pra alegar desconhecimento. Custo acreditar que, se fosse o contrário, a resolução seria amistosa. Isso não é valorizar o Brasil. Nem os criadores. Espero que tudo se resolva de forma justa e equilibrada. Mas que vacilo”, completou no post que foi endossado pelo autor da música.