Gilberto Gil passa por saia justa com manifestante nervoso, no Rio

Por - 03/11/06 às 17:00

Divulgação

Na estréia do espetáculo O Saltimbanco, da companhia canadense Cirque de Soleil, ocorrida na quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, Preta Gil demonstrou mais uma vez, o que até seus críticos reconhecem: é uma pessoa totalmente transparente. Ela estava acompanhando seu pai, Gilberto Gil, e a mulher dele, Flora Gil, quando, ainda na entrada da tenda montada no estacionamento do Barra Shopping, na Barra da Tijuca, um rapaz abordou o ministro da cultura.

“Vocês estão perdendo o barraco que tá rolando com o meu pai”, entregou a cantora e atriz.

Na verdade, o barraco que Preta mandou a imprensa ouvir não envolvia diretamente seu pai. Tratava-se apenas de uma reivindicação, feita por um rapaz, de nome Ronaldo Eurípedes, solicitando o apoio do Ministro em uma questão que a tradicional Circo Escola Picadeiro, de São Paulo, está enfrentando com a sub-prefeitura de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Gil ouviu o discurso inflamado de Ronaldo – o que realmente dava a impressão de se tratar de um barraco – e, sem perder a compostura da autoridade que tem e do cidadão que é, disse ao rapaz para procurar o gabinete dele em Brasília.

Posteriormente, Ronaldo Eurípedes detalhou a reivindicação levada ao Ministro.

“Eu sabia que o Gil viria à estréia do Cirque de Soleil e viajei de São Paulo até o Rio para ter a oportunidade de conversar diretamente com ele, porque já levamos o problema para o Ministério da Cultura e não obtivemos resposta. A questão é que a sub-prefeitura de Pinheiros, há seis meses, interditou o local onde funcionava há 20 anos a Circo Escola Picadeiros, lá na Marginal Pinheiros. O terreno foi da Caixa Econômica Federal, depois passou para a Prefeitura de São Paulo e atual gestão diz que vai fazer um parque no local. Foi prometida uma outra área para a gente e até hoje nada. São vários profissionais como eu que estão desempregados e os alunos sem poder fazer aulas.”

 


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