Giovanna Ewbank se emociona em palestra: ‘Eu não sou estéril’

Por - 03/10/19 às 07:39

Reprodução Instagram/@gio_ewbank

O Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, em Cascavel, no Paraná, ficou lotado para o talk show TEDx, na quarta-feira (02). Convidada especial do evento, Giovanna Ewbank emocionou a todos ao ministrar uma palestra sobre maternidade. A mulher de Bruno Gagliasso falou abertamente sobre as críticas, julgamentos e dores que passou por ter adotado seus filhos, Titi e Bless.

"Eu sempre fui uma mulher que achava que o relógio biológico nunca ia despertar, nunca tinha pensado em ter filhos. Porém, tive muitos questionamentos, crítica e pressão de amigos e família. Como uma mulher vem ao mundo e não quer ter um filho da sua barriga? Isso é uma convenção imposta pela sociedade e mesmo sendo comum, não são todas as mulheres que querem e desejam isso para si. Depois eu comecei a ser questionada do porque eu optei pela adoção, sim foi uma opção da qual me orgulho muito", afirmou.

A apresentadora contou que, por conta da adoção, as pessoas acreditavam que ela era estéril.

"Eu não sou estéril. E essa dúvida veio somente sobre mim, que sou mulher, e não sobre o meu marido, que é homem. A sociedade nega que uma mulher não queira ter filhos biológicos. Uma mulher que não quer explodir vida em sua barriga. E acreditem, existem muitas maneiras de explodir vida na gente. Tudo na minha vida mudou desde que eu vi a Titi, Chissomo. Eu me lembro até hoje da sensação, desse engasgo na garganta, do meu corpo trêmulo e eu pensando: "Meu deus o que é isso que eu to sentindo? Que sentimento é esse?" Eu encontrei a minha filha e minha filha me encontrou, a única certeza que eu tinha é que eu queria protegê-la e amá-la pro resto da minha vida. E eu sabia que ela era a minha filha, eu sentia. Eu sei, ela é a minha filha", disse, muito emocionada.

Giovanna prosseguiu enfatizando o que sentiu em seu primeiro contato com Titi.

"Eu não sei exatamente como é o sentimento de uma mãe quando pega o seu filho pela primeira vez depois do parto, mas arrisco dizer que é muito similar com o que eu senti ali. Porque o meu parto foi naquele chão frio daquele abrigo e a única coisa que me importava na vida era eu e ela, o sentimento que eu tinha é que só eu conhecia ele e só ela me conhecia. Foi ela que me tornou mãe. Uma só criança nos escolhe, seja ela no útero, seja ela no coração".

Com a voz embargada, Giovanna citou alguns questionamentos aos quais ela e o marido sempre são colocados à prova.

"E o filho de vocês? Vem quando?', 'Ela é tão linda, ela tem mãe?'.  Eu sou a mãe dela! A adoção assim como a gestação é muito transformadora. Muitas pessoas não entendem isso, acham que adoção é um ato de caridade e não é. A sociedade precisa entender que a adoção é sim sinônimo de maternidade. Eu costumo dizer que a minha barriga mudou de lugar e que o meu parto veio antes da gravidez. Minha gestação durou um ano e meio mais ou menos e foi de muita dor e muita angústia. Diferente de uma gravidez comum eu já conhecia a minha filha, já sabia que ela gostava de manga, que ela tinha medo de passarinho, que ela era muito linda e tinha um olhar curioso. E que ela queria sair daquele lugar para descobrir o mundo comigo. E são nesses momentos que vejo que a maternidade nasce de outro lugar, nasce de um amor profundo e intenso e que de repente sopra no seu ouvi: Ei, você já é mãe. Eu já sou mãe. Uma mãe como qualquer uma, que ama, protege, educa, ensina, e que tem muito medo também. A minha relação com os meus filhos sempre vai ser pautada nessas três palavras: transparência, sinceridade e amor".

Confira o vídeo! 

Após adoção, Giovanna Ewbank reflete sobre a vida

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