Giovanna Lancellotti sobre o isolamento: ‘Não cheguei a sentir falta de nada’
Por Redação - 24/10/20 às 07:00
Giovanna Lancellotti é bastante ativa nas redes sociais e foi lá que ela compartilhou um momento emocionante com seus seguidores, voltar para o Rio de Janeiro após conviver seis meses com sua família em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, durante a quarentena. Em entrevista exclusiva ao OFuxico a atriz falou da convivência com sua família, representação feminina, ativismo, trabalhos e dança dos famosos.
Convivendo em Família
“Foi bem difícil mesmo. Antes da pandemia, fazia muito tempo que eu não ficava com a minha família por conta da quantidade de trabalhos que estava na época. Voltar a morar sozinha foi um baque para mim, senti muito a falta da minha família no início. Voltei para o Rio de Janeiro porque tenho alguns projetos vindo aí e precisava me organizar, voltar a rotina aos poucos e eu não ia conseguir fazer isso no interior, mas esse fim de ano eu fico em São Paulo, que é mais perto deles também”, disse a atriz.
Cercada pela família, Giovanna tem plena consciência que o mundo passa por um momento difícil, e que pessoas de diferentes classes enfrentam a pandemia de maneira diferente.
“Fui para o interior de São Paulo porque iniciei a quarentena em casa, no Rio de Janeiro, mas depois de um tempo comecei a perceber que não ia conseguir ficar sozinha nesse período, ainda mais por tudo estar tão incerto. No início da pandemia, como eu estava com a minha família, o que mais senti foi preocupação com toda a situação do mundo. Não cheguei a sentir falta de nada, porque sei que sou privilegiada e foi um momento em que tive para apreciar a minha família, mas depois de alguns meses comecei a sentir falta de ver meus amigos, de ir à praia e de trabalhar também. Eu amo o que eu faço”, disse a atriz, que aproveitou o momento para recriar as memórias de quando morava com seus pais. “Eu me dou muito bem com eles, então foi uma época maravilhosa para a gente como família. O que a gente fazia bastante juntos era ver filmes sempre, jogar baralho e rummikub (risos)”, completou.
Depois de viver uma vida tranquila no interior, Giovanna voltou para o Rio de Janeiro, mas o carinho que sente pela sua cidade, nunca deixou de existir. “Eu gosto de cidade pequena, todo mundo se conhece, mas sou uma pessoa agitada. Moro no Rio de Janeiro principalmente por conta da minha profissão, a maioria dos meus amigos hoje mora aqui também. No início da carreira eu morava em São Paulo e não tenho problema se precisar de novo, gosto da cidade. Mas a minha conexão com as minhas amigas de infância segue firme e forte e elas continuam sendo minhas melhores amigas, desde pequenas”, respondeu.
Sobre estar sozinha novamente ela declarou: “Eu acho importante termos um momento para nós mesmos, em que estar sozinha é necessário. Geralmente leio um livro ou assisto séries, por exemplo, varia muito. Mas também amo estar com os meus amigos, viajar”, concluiu.
Poder Feminino
Protagonista de sua própria história, Giovanna divide suas emoções especialmente com as mulheres da família: sua a mãe Giuliana, a irmã Gabriela, e a avó Cidinha a quem é extremamente apegada e está sempre presente em suas redes sociais.
“Eu tenho referências femininas muito fortes na minha vida. A minha avó materna é a artista da família, costumo dizer que puxei o sangue artístico dela. Sempre foi muito criativa, faz crochê, pinta… É para ela que sempre passo os roteiros que recebo, porque ela é uma noveleira nata, então sempre pergunto pra ela se a personagem é bacana, se ela acha que vai ter apelo, (risos). Minha mãe nem se fala. É minha inspiração pra tudo, como mulher, pessoa, caráter… É a minha referência de vida”, disse.
Emotiva, Giovanna falou sobre sua relação com a irmã Gabriela. “Somos muito parceiras e nesse isolamento ficamos ainda mais juntas. É natural ter discussões entre irmãos, somos duas pessoas diferentes e com uma grande diferença de idade. Mas a minha irmã é uma menina maravilhosa, estudiosa, focada… Eu amo muito ela e depois da quarentena, amo mais (risos)”, afirmou a atriz, que as principais referências de ter se tornado uma mulher forte e determinada, foi a partir dos exemplos das mulheres da família.
Ativismo
Durante o período em que ficou no interior, Giovanna presenciou um momento muito triste, as queimadas numa área verde próxima do sítio da família. Desesperada, ela compartilhou com os internautas toda a situação, mas essa não é a primeira vez que a atriz se envolveu em ativismo em prol do meio ambiente.
“Eu acho que toda a rede que foi feita, levando informação, doações e ajuda foi muito benéfica, mas é algo que ainda continua a acontecer. Eu sempre procuro ajudar da maneira que posso, seja utilizando da minha imagem e plataforma para divulgar informação e formas de ajudar também. Foi surreal o incêndio que vi no interior de São Paulo, aquilo me abalou profundamente. Nunca vi nada parecido e saber que estava acontecendo no Pantanal e Amazônia também me entristeceu muito. E eu penso, sim, em continuar fazendo ações como essa do Greenpeace. A experiência que tive com eles no navio foi transformadora”, explicou ela, sobre a expedição de 2019, quando foi para Guiana Francesa para preservação dos corais da Amazônia.
Workaholic
Sempre muito dedicada em tudo que faz, em relação ao trabalho não poderia ser diferente, e ela sabe da importância de ter uma carreira mesclada nas multiplataformas. “O streaming deixou as coisas um pouco mais democráticas, os artistas conseguem se movimentar mais e ter mais opções de trabalho. Eu adoro transitar por todas as vertentes da atuação. Tenho uma paixão enorme pelo cinema, por exemplo, e graças a Deus tenho conseguido fazer muitos projetos nele. Gosto de fazer novela também, é um ritmo completamente diferente e uma outra experiência”, explicou a atriz que acabou de estrear “Ricos de Amor” na Netflix e lançou o trailer do filme “Incompatível” que deve estrear nos cinemas nacionais ainda este ano, mas sem uma data fechada.
Dança dos Famosos
Relembrando a edição em que participou da Dança dos Famosos em 2019, Giovanna está com o tempo apertado, e não tem acompanhado a nova edição. “Eu confesso que tenho acompanhado pouco essa edição, porque coincidiu muito com a retomada de alguns projetos meus, mas sinto falta de dançar. A competição traz uma ansiedade e pressão que não sei se sinto falta (risos), mas a dança em si foi muito boa para mim. Eu me identifiquei bastante, sou grata pelo programa por poder ter tido essa experiência”, explicou a atriz, que por enquanto, não pode falar sobre os projetos que virão, mas estaremos atentos.
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