Glória Maria declara em live: ‘O politicamente correto é um porre’

Por - 28/09/20 às 08:29

Reprodução Instagram

Glória Maria fez sua estreia em lives. Por incrível que pareça, a jornalista não havia feito nenhuma até o final da semana passada, quando bateu um papo com Joyce Pascowitch, para o site Glamurama.

“Realmente eu nunca tinha feito uma live. Não pensava e não queria fazer. Muita gente pediu. Eu tinha decidido que se tivesse que falar seria pra você”, assim Glória começou a conversa.

Ela explicou que tem um grande apreço por Joyce, pois, quando estava adotando suas filhas, se ‘escondeu’ em um lugar da Bahia, até conseguir resolver todo o processo. Não queria que ninguém soubesse. Só que nesse seu ‘esconderijo’ acabou dando de cara com Pascovitch. Só que ela nunca publicou nada sobre as meninas, somente depois de um ano, quando a própria Glória autorizou noticiar o fato.

Totalmente curada, do que ela mesmo disse, um ‘puta’ tumor no cérebro, Glória falou de diversos assuntos na entrevista.

Sobre como encarou e está encarando a pandemia do novo coronavírus.

“Eu sou a pessoa mais isolada desse Brasil, são 10 meses, emendei a cirurgia com a pandemia. Não vi um mudo novo surgir nesse período. Viajei 40 anos sem parar e de repente estava em casa quietinha, observando. Vi coisas inacreditáveis, desamor, um mar de lama…ou é novo, ou é normal, vamos ter que partir de novos olhares. Nada mudou, mas algumas pessoas se viram melhor, começaram a se observar. Será que é preciso uma pandemia para olhar para o outro? Isso é uma coisa da sua alma, não acredito nessa ajuda só porque é hora de ajudar. Ou você olha sempre para o outro, ou você não olha nunca.”

Gloria em live de Joyce Pascowitch

Glória contou como foi ficar esse tempo todo em casa.

“Como foi bom parar. Não tinha noção do que era a minha casa, nunca tive a chance e esse período foi maravilhoso. Comecei a olhar meu jardim, meus quadros…tinha vergonha quando falava com as pessoas no telefone e elas reclamavam da pandemia. Como ia explicar que eu estava adorando? Descobri amigos que não sabia mais que tinha, livros…esse isolamento me preencheu a alma. Pude ficar em paz comigo mesma, coisa que há ‘séculos’ não conseguia.”

Ela falou sobre sua volta ao trabalho, na sexta-feira dia 18 de setembro, apresentando o Globo Repórter especial sobre os 70 anos da televisão no Brasil.

“Foi a viagem que eu não estava fazendo. A produção do programa me mandou o material do acervo e revi coisas da minha história que não lembrava mais. Várias vezes me emocionei e chorei. Revivi momentos da minha trajetória e estou viva para recordar isso. Voltei em uma edição especial do Globo Repórter, nada é por acaso, Deus sabe o motivo. Esse programa fez eu reencontrar a Glória Maria vaidosa”.

Glória Maria expôs seu ponto de vista sobre assuntos que estão sempre nas manchetes, como racismo, assédio e preconceito.

“Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio. A equipe com que trabalho me chama de ‘neguinha’, de uma forma amorosa e carinhosa. Estou mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada, mas nunca me senti assediada moralmente. O assédio é algo que te fere, é grosseiro, desmoraliza. Existe uma cultura hoje que nada pode. Tem que ter uma diferenciação, não dá para generalizar tudo. O politicamente correto é um porre. Acredito que o politicamente correto é o caráter, a honestidade. Esse mundo que a gente está vem muito da amargura das pessoas, não aceito.”

E o que a apresentadora e jornalista pretende fazer assim que a pandemia já estiver afastada, ou pelo menos, bem mais controlada….

“Quando isso passar quero entrar em um avião e ir para a Arábia Saudita. Estudei algumas coisas, e novidades por lá, quero ver o que está acontecendo. Também vou de novo para o Taiti, não sou boba nem nada.”

Confira a entrevista completa:

Glória Maria usa look confortável para fazer compras

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