Glória Perez diz que polêmica do beijo não mudou sua relação com a Globo

Por - 12/11/05 às 17:44

OFuxico

Nem mesmo o fato de América ter terminado como um mega-sucesso, com picos de audiência que bateram até o final da Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil se tornou pentacampeão, tem evitado especulações sobre o relacionamento da autora Glória Perez com a emissora.

Tudo por conta do corte do beijo gay entre Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cardeiro) em que a Globo isentou a autora de culpa, ao assumir a responsabilidade, conforme comunicado da Central Globo de Comunicação (CGCOM) distribuído à imprensa na segunda feira, dia 7.

OFuxico procurou Glória Perez para saber a veracidade sobre notas publicadas pela imprensa, falando de um estremecimento entre ela e a emissora. Para evitar polêmica, Glória preferiu citar um exemplo que ilustra muito bem como sua relação com a Globo não foi afetada: o trabalho que ela já dá andamento para a emissora, que é a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes.

“Já tenho a equipe montada para a minissérie. No começo do 2006, estarei no Acre com minha pesquisadora, a Giovana, para a pesquisa de campo. Tenho em mãos toda a parte documental da pesquisa, que me foi enviada pelo governador do Acre, Jorge Viana. Minha pesquisadora vai começar a ler esse material. Em janeiro, quando voltar de férias, já pego no batente. A estréia está prevista para janeiro de 2007”, adianta a autora.

Minissérie

Na minissérie Amazônia, Glória vai falar de personagens que marcaram a história de seu estado: Luiz Galvez Rodrigues de Arias, boliviano que proclamou a independência do Acre, em 1900, e de José Plácido de Castro, gaúcho que se torna um líder acreano ao reproclamar a  independência do local, em 1902.

E também de Chico Mendes, morto em Xapuri, no Acre, em dezembro de 1988, cujo assassinato chamou a atenção mundial para a questão dos seringueiros que ele representava e de muitos outros moradores da floresta assassinados, que perderam suas terras ou foram ameaçados.

Em Amazônia, a autora volta suas baterias para personagens reais como aconteceu em Desejo, de 1990, na qual era abordada a vida de Euclydes da Cunha (Tarcísio Meira) e a tragédia que se abateu sobre a família, uma vez que Ana de Assis (Vera Fischer) acaba se casando com Dilermando de Assis (Guilheme Fontes), assassino de seu marido. A autora garante que tomará todo o cuidado que teve para escrever um de seus trabalhos que mais admira: a fidelidade com os personagens retratados.

“É sempre mais difícil, mas muito prazeroso escrever sobre personagens reais. Não inventei nada do que a Ana dizia, na minissérie Desejo. Tudo estava ali no processo que ela respondeu. É um trabalho completamente diferente de criar, por exemplo, em cima de Hilda Furacão que era personagem de um livro”, explica Glória.     

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