Google homenageia ‘Arthur, o Tigre’, primeiro ídolo do futebol
Por Flavia Cirino - 18/07/23 às 07:15
Arthur Friedenreich, o Fried, um dos maiores nomes do futebol brasileiro e mundial, recebe nesta terça-feira, 18 de julho a reverência do Doodle, a forma do Google prestar sua homenagem e se posicionar diante de algum acontecimento marcante.
Relembre a homenagem do Google à Claudia Celeste
O ex-jogador de futebol faria, nesta data, 131 anos. Nascido em São Paulo, em 1892, filho de um comerciante descendente de alemães e uma professora negra, Arthur condensa em sua história um pouco da construção cultural do futebol brasileiro e os problemas que o envolvem.
- Ele foi o primeiro homem negro a jogar futebol profissionalmente no Brasil;
- Arthur, o Tigre, morreu no dia 6 de setembro de 1969, na capital paulistana;
- Embora os números sejam questionados por pesquisadores, ele seria o maior artilheiro do futebol mundial;
- O atacante teria anotado 1.329 gols em 26 anos bola em jogo;
- A FIFA reconhece o número de gols marcados por Arthur, o Tigre.
Fridenreich começou a jogar no time paulista do Germânia, clube que defendeu em 1909 e 1911. Jogou ainda pelo Ypiranga (1910, 1913, 1914 1915 e 1917), Mackenzie (1912), Atlas (1914), Clube Brasil-SP (1912 e 1935), Paysandu-SP (1915/16), Paulistano (1916/17/18 a 1929), Internacional-SP (1929), Atlético Santista-SP (1929), São Paulo da Floresta (1930 a 35), Santos (1930 e 1935), Dois de Julho-SP (1933) e Atlético Mineiro (1933).
O APELIDO
Arthur estava na seleção desde o primeiro jogo, em 1914, e com ela foi campeão da Copa Roca e de duas edições do Campeonato Sul-Americano. Foram 595 gols em 605 jogos, a incrível média de 0,98 gols por jogo. Por suas jogadas ferozes, foi apelidado pelos adversários de “O Tigre”.
Mesmo incrível performance em campo, em 1921, Arthur ficou de fora da disputa do torneio mais importante do ano, o Campeonato Sul-Americano. Após uma recomendação do presidente da época, Epitácio Pessoa, apenas atletas brancos deveriam representar o Brasil no exterior. Com esta seleção, baseada no racismo institucional, o Brasil perdeu o torneio.
Recentemente o rapper Djonga gravou um vídeo-manifesto para que mais pessoas conheçam e amplifiquem a história do Tigre.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino