Guilherme Fontes terá que devolver quase R$ 2,5 milhão do filme Chatô
Por Redação - 25/09/12 às 18:16
Guilherme Fontes foi condenado pela 31ª Vara Cível da Capital. Ele terá que restituir em R$ 1.100 milhão a Petrobras Distribuidora e em R$ 1.486 milhão a Petrobras S/A, tudo com a devida correção monetária e juros, por conta do financiamento que recebeu para produzir e rodar o filme Chatô, o Rei do Brasil, na década de 90. Ainda cabe recurso da decisão. Segundo informações do jornal O Dia online, o processo diz que o ator assinou dois contratos com as empresas e não honrou os compromissos firmados, sendo que no primeiro, ele conseguiu R$ 1.300 milhão, mas como não concluiu o projeto, lhe foi concedido novo prazo.
Logo que o novo prazo começou a correr, outro contrato de patrocínio foi firmado, no valor de R$ 2.000 milhões, que seriam liberados em sete parcelas. Em função dos descumprimentos, a última parcela do primeiro contrato e a sexta e sétima do segundo não lhe foram repassadas.
Ainda segundo o jornal, o juiz Paulo Roberto Fragoso justificou a sentença com o fato de o ator não ter cumprido o contrato no prazo estipulado e, assim, estar sujeito às sanções previstas.
“A atitude do réu em captar verbas públicas e não cumprir com o contratado sem apresentar qualquer justificativa, fragiliza a credibilidade da classe que integra e frustra a expectativa das patrocinadoras. Esse comportamento é prejudicial a todos os que necessitam desta linha de crédito, pois acarreta insegurança e desconfiança nos patrocinadores”, frisou o magistrado na sentença.
Entende o caso
Em meados da década de 90, Guilherme Fontes começou a produção do filme Chatô, O Rei do Brasil, uma história sobre a vida e obra do jornalista Assis Chateaubriand, pioneiro da televisão brasileira na década de 50. Seria sua estreia na carreira como diretor. Muito se falou na época em desvios de verbas por conta de processos que foram apresentados pelo Ministério da Cultura e pela ANCINE (Agência Nacional do Cinema). O filme nunca saiu.
Em 1999, surgiu o Dossiê Chatô, onde se falou sobre mau uso do dinheiro público como desvio de verbas da produção para uso particular de Fontes. De acordo com informações divulgadas na época, Guilherme Fontes chegou a arrecadar mais de R$ 7 milhões pela Lei do Audiovisual e a super produção parou suas filmagens após utilizar R$ 10 milhões.
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