Gustavo Leão conta como deu vida a um vilão dos anos 40

Por - 13/09/13 às 12:30

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticias

A flexibilidade do ator conta muito na hora da sua escalação para um papel. Gustavo Leão sabe bem como é ser chamado na ltima hora. Prestes a estrear na primeira fase de Pecado Mortal, próxima novela da Record, o ator foi convidado às pressas para viver Getúlio. No folhetim de Carlos Lombardi, ele sequer teve tempo para os workshops, que introduzem o enredo da trama ao elenco.

"Fui chamado duas semanas antes das gravações. Gravei durante um mês, mas foi o suficiente para eu me apegar ao personagem", conta.

Apesar de aparecer somente no primeiro capítulo, que se passa durante os anos 1940, a sequência de cenas com Gustavo é intensa. Na pele de Getúlio, ele cometerá muitas maldades em nome da irmã Donana, a grande vilã da trama interpretada por Maytê Piragibe na primeira fase e por Jussara Freire na segunda. O personagem tentará matar Stella, amante do marido de Donana e, apesar de falhar, será cúmplice no roubo dos filhos dela.

"É um papel muito intenso. Apesar de ser subordinado à irmã, ele consegue ter personalidade própria", adianta. 

Mesmo sem ter tido tempo para a preparação, Gustavo se preocupou em assistir a filmes que retratam o período.

"Para entender um pouco da época", explica.

Algumas mudanças físicas também foram necessárias. A barba, que o ator normalmente deixa por fazer, teve de ser escanhoada.

"O cabelo precisava estar sempre arrumado, em um topete, tudo bem pomposo", conta.

Durante as gravações, Gustavo utilizou lentes de contato, já que Mário Gomes, que interpreta Getúlio na segunda fase, tem olhos claros. No entanto, só a transformação física não era o bastante. Segundo o ator, a postura e a linguagem da época deram o tom certo ao personagem.

A convivência com o elenco de Pecado Mortal foi restrita por conta do tempo de gravação, mas Gustavo já tinha contracenado com grande parte dos integrantes.

"Muita gente fez José do Egito. Formamos um time de atores pequeno. É inevitável que sejamos escalados para as mesmas novelas", entrega.

A carreira de Gustavo começou de maneira inusitada. Após ganhar um concurso de beleza, inscrito por sua mãe, foi convidado para o teste de Floribella, na Band. O nico contato com a atuação antes disso tinha sido durante a infância, aos sete anos, quando fazia teatro na escola.

"Nem conto como experiência. As aulas eram obrigatórias e nunca cheguei a fazer uma peça", recorda.

Na época de sua primeira novela, frequentou cursos de teatro e televisão. Mesmo assim, lembra ter sido muito criticado por colegas da própria emissora.

"Pensei em desistir, mas segui o conselho de amigos experientes da profissão. Eles disseram que eu sempre seria criticado e que devia usar isso como incentivo para aprender mais e surpreender a todos", revela. 

Mas Gustavo viu sua carreira alavancar ao dar vida ao jovem Mateus, em Paraíso Tropical, exibida no horário nobre da Globo.

"O público de uma novela das oito é diferente, todo mundo assiste. Foi quando eu realmente senti o que era a fama", conta.

Hoje, aguardando a estreia de Pecado Mortal, ele visualiza o passado com olhos experientes.

"Quando assisto a capítulos antigos, vejo que poderia ter feito melhor. Evoluímos todos os dias", argumenta.

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