Gustavo Reiz comemora 1ª novela como autor titular
Por Redação - 18/05/13 às 13:32
Renovar é preciso. Inclusive, quando se trata de teledramaturgia. Não é à toa que, cada vez mais, novos autores ganham espaço na televisão. Entre eles, Gustavo Reiz, que assina sua primeira novela como titular em Dona Xepa, da Record. Inicialmente, ele estava escalado para escrever a trama substituta de Rebelde. Mas o projeto não seguiu adiante e Gustavo acabou sendo convidado para fazer a terceira adaptação para a tevê da peça de Pedro Bloch, de 1952 – as outras duas foram da Globo.
"A encomenda foi escrever uma novela baseada nesse texto. E, a partir daí, eu tenho uma liberdade muito grande", assegura.
A carreira de Gustavo na tevê começou aos 22 anos. Na época, participou de um workshop com Doc Comparato no SBT e, depois, foi convidado para fazer parte da equipe de Marcos Lazarini, com quem trabalhou em Os Ricos Também Choram, de 2005. A estreia na Record aconteceu em Luz do Sol, de 2007, como colaborador da autora Ana Maria Moretzsohn. Em 2011, assinou sua primeira produção como autor titular, em Sansão e Dalila, além de ter sido coautor da microssérie Fora de Controle. Hoje, aos 31 anos, Gustavo torce pela oportunidade de assinar uma trama na emissora completamente original.
"Tenho vontade e tenho sinopses. Agora é esperar", pondera.
O Fuxico: Esta é a terceira adaptação de Dona Xepa para a tevê. Quais são as diferenças e semelhanças da sua versão em relação às outras?
Gustavo Reiz: É uma novela inédita, baseada no texto do Pedro Bloch, um texto teatral clássico. Claro que todas as adaptações têm semelhanças e diferenças. Geralmente o que fica no imaginário do público é o que têm em comum, que é a alma da história. O mais forte da peça, que é a relação da Xepa com os filhos, está na novela e é bem presente. São 31 personagens e a peça tem, aproximadamente, 10. Alguns desses 10 estão na novela. Além disso, falamos de assuntos da atualidade. O contexto onde está inserida Dona Xepa é totalmente atual. Aborda a ascensão da classe trabalhadora, que agora tem poder de compra, a busca da fama pela fama, o avanço imobiliário sobre as áreas residenciais… E é uma novela que fala sobre relações de família. Assim como a Xepa, que vive pelos filhos, também temos outras mães de outras relações familiares que também rendem outras histórias. Tem personagens de grande apelo popular, vilões atuantes, mistérios do passado que influenciam o presente, promessas de vingança que vão conduzir essa história.
OF: Você chegou a assistir às versões para a tevê e para o cinema de "Dona Xepa"?
GR: Assisti a algumas coisas. De novela, vi pouco. Os filmes, eu assisti. E acho que o filme se torna muito mais fiel à obra original por ser feito em uma hora, uma hora e pouco. Mas acho que todas se assemelham no que diz respeito a esse amor da Xepa pelos filhos e essa decepção dela em relação a eles.
OF: Você teve alguma influência na escalação do elenco?
GR: – Sim, claro. Eu, Ivan (Zettel, diretor-geral) e a direção da emissora nos reunimos. Principalmente em uma novela com 31 personagens, a escolha tem de ser muito certeira. Então, nós fizemos testes para alguns. Mas, quando eu recebi o convite para fazer a novela , me veio a Ângela Leal na cabeça e na do Ivan também. Quando isso acontece, não é à toa. A gente sabia que ela tinha de ser a nossa Xepa.
OF: Alguns atores de Rebelde também estão no elenco de Dona Xepa, como Pérola Faria, Arthur Aguiar, Diego Montez e Rayana Carvalho. É uma tentativa de atrair o pblico jovem para a novela?
GR: Também. Nós escalamos sempre os atores que se enquadram melhor no papel. Mas acho que sim. Nada mais justo do que valorizar quem foi bem em outros trabalhos, em outros papéis. E eu adoro falar para o público juvenil. Ter a possibilidade de trabalhar com esses atores é uma forma de dialogar com esse público. Já que essa novela é tão conhecida pelos adultos, a gente também tem de trazer um pouco de adolescente para assistir.
OF: Você trabalha com cinco colaboradores. Como é a rotina de produção da equipe?
GR: Eu faço as escaletas, que é o corpo do capítulo. E os colaboradores se envolvem com as falas, os diálogos. Na minha equipe de trabalho, todo mundo escreve tudo. Eu não separo por núcleos ou personagens. Acho que todo mundo tem de saber escrever para todo mundo. E nós conversamos semanalmente sobre ideias. É um processo que tem uma troca muito grande. Escrevemos um capítulo por dia.
Márcio Kieling não fez testes para personagem em Dona Xepa
Ângela Leal diz não ter semelhanças com a personagem da 1ª versão de Dona Xepa
Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.