Harvey Weinstein é condenado a 23 anos de prisão

Por - 11/03/20 às 16:08

Reprodução/Instagram

Harvey Weinstein é condenado a 23 anos de prisão. O ex-produtor de cinema que durante anos aproveitou-se de sua posição para assediar e agredir sexualmente a várias mulheres na indústria, passará 23 anos em uma prisão do Estado de Nova York depois de ser sentenciado pelo juiz da Suprema Corte James Burke na manhã desta quarta-feira (11).

A sentença foi dada poucas horas depois que seu advogado escreveu uma carta ao juiz, implorando por clemência, para que ele cumprisse somente cinco anos na prisão, porque dada à sua condição de saúde, mais do que isso seria 'uma prisão perpétua'.

No entanto, o juiz James Burke decidiu que ele deveria receber mais do que isso. Além disso, antes de proferir sua sentença, Burke disse a Weinstein que ele seria formalmente registrado como criminoso sexual.

Weinstein se dirigiu ao tribunal pela primeira vez na quarta-feira, dizendo que tinha 'profundo remorso', mas se descreveu como 'totalmente confuso' pelo que aconteceu. Todas as seis mulheres que testemunharam contra ele durante o julgamento sentaram-se juntas quando ele foi condenado.

Ele ainda enfrenta outras acusações criminais, por estupro e agressão sexual, em Los Angeles, o que significa que sua sentença poderá aumentar se também for condenado.
 

Ameaças

Os casos de abuso praticados por Harvey Weinstein com estrelas de Hollywood continuam tendo grandes desdobramentos na indústria do cinema, e desta vez, Jennifer Aniston também estaria envolvida.

Segundo o site National Enquirer, o produtor afirmou que a atriz de Friends deveria ser morta ao descobrir que ela planejava denunciar o assédio que ela sofreu dele.

Ainda, de acordo com o Page Six, foram apresentados documentos no tribunal mostrando a troca de e-mails entre o produtor e sua porta-voz, em 2017, com a mensagem sobre Jennifer.

Os e-mails foram arquivados em sigilo na Suprema Corte de Manhattan pelos advogados de Weinstein, numa tentativa de impedir que fossem usados em seu julgamento, mas acabaram sendo divulgados nesta terça-feira (10)

Weinstein também foi considerado culpado por estuprar uma cabeleireira e fazer sexo oral à força em uma ex-assistente de produção do Project Runaway, e sua sentença será decidida nesta quarta-feira (11).

Os documentos ainda mostram que, em 31 de outubro de 2017, em meio à enxurrada de alegações do movimento #MeToo contra o produtor, a porta-voz de Weinstein enviou para ele um e-mail do Enquirer.

 

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