Helô Pinheiro sobre Roberto Carlos: “Ele acabou me beijando na boca”

Por - 09/11/12 às 19:11

Ag.News

"Linda, cheia de graça, menina que vem e que passa". Helô Pinheiro se eternizou como a Garota de Ipanema, com música e letra Tom Jobim e Vinícius de Moraes, na década de 60. A apresentadora do programa Ser Mulher, do canal pago Bem Simples e do De Cara com a Maturidade, da Band, lança o livro A Eterna Garota de Ipanema, onde conta algumas passagens de sua vida como musa, mulher, mãe e dona de casa.

Em entrevista feita pela jornalista Simone Magalhães para o blog de Agnaldo Silva, Helô disse que, no livro, ela não deixou de contar tudo aquilo que achou necessário.

"Foi a forma que encontrei de contar a minha vida, minha trajetória, sem esconder nada. Algumas pessoas perguntaram: “Mas você vai falar disso ou daquilo?”. De que vale fazer um livro se não contar tudo?".

Na conversa, ela contou sobre o interesse de Ronaldo Bôscoli por ela, na época da escola.

"Ele vivia me procurando pra fazer reportagens. Achava que como repórter, indo à escola onde eu dava aula, em Padre Miguel, pegando o trem, me fotografando, ia ficar mais perto de mim. Mas nunca demonstrava nada abertamente. Depois, se ofereceu pra fazer umas fotos para a revista Senhor, mas minha mãe foi junto. Só nos anos 70 contou que esteve apaixonado por mim. Fez até uma poesia, no Chico’s Bar".

Helô relembra o arrependimento de não ter aceitado um romance com Tom Jobim.

"Ele era tímido, mas um dia revelou que estava apaixonado por mim. Eu fiquei baqueada, ele era lindo, charmoso, um príncipe encantado. Disse que queria se casar comigo, mas já era casado e tinha dois filhos. Comentou que a relação não estava indo bem, e que ia se separar – o que aconteceu algum tempo depois. Mas eu fiquei confusa, contei que era virgem…Fiquei balançada emocionalmente, mas a razão e tudo que tinha aprendido como correto até ali prevaleceram".

Ainda na entrevista, Helô conta sobre dois amores que teve na vida, quando ainda era casada, mas dava um tempo na relação, e que seu marido, Fernando Pinheiro, sabia disso. Diz também que isso a fez valorizar mais o homem que tinha dentro de casa.

"Foram homens com quem pude ter uma experiência fora do casamento, já que eu e Fernando estávamos dando um tempo – apesar de ele não deixar a nossa casa. Mas valeu a pena para entender que meu marido tinha uma força maior na minha vida, achei que o havia de melhor estava em casa. E não queria fazer minha felicidade em cima da infelicidade de ninguém".

Sobre o flerte com Roberto Carlos:

"Foi na época em que fui contratada pela Bandeirantes para participar da novela Cara a Cara (1979). Estávamos precisando de dinheiro, e o Fernando teve que aceitar. Um dia estava com meu filho e a babá no avião, vindo para o Rio, e vi Roberto Carlos sozinho. Sentei ao lado dele e me apresentei. Ele disse que sabia quem eu era, conversamos sobre vários assuntos, inclusive de sua separação da Nice. Ele me pediu uma foto, eu dei a única que tinha naquele momento, uma 3X4. Quando chegamos ao Rio, meu irmão chegou atrasado pra me pegar, e Roberto me deu uma carona. Surgiu um clima entre nós. E, na hora da despedida, eu ia dar um beijo no rosto, mas ele acabou me beijando na boca".

Sobre o litígio com os herdeiros de Tom Jobim e de Vinícius de Moraes, por usar fotos deles nas suas lojas de moda praia, Helô disse que o processo foi extinto e que prefere manter a paz e harmonia entre todos.

"Eu não entendo porque fazem isso! Gostaria de saber o que eles têm contra mim. Quero muito voltar às boas. Eu não posso conceber passar o resto da minha vida assim. Agora, lancei a grife Helô Pinheiro de roupas para jovens senhoras. Mas, por enquanto, é uma fábrica só para vendas no atacado".

Questionada se pudesse voltar ao tempo, se ela gostaria de mudar algo, ela afirma que seria mais arrojada e buscaria a liberdade com responsabilidade.

"Fico sentida por não ter feito o filme Garota de Ipanema, além de todos os eventos e trabalhos relacionados a esse título que me orgulha tanto. Estaria financeiramente super bem. Teria ajudado minha mãe, que precisou batalhar muito depois que se separou de meu pai. Trabalhei como professora primária, fiz alguns comerciais, me casei e meu marido foi sempre muito repressor".

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