Henri Castelli não tem vaidade de viver protagonista em novela
Por Redação - 24/03/13 às 15:04
Com fala mansa e jeito tímido, Henri Castelli encara a profissão com tranquilidade e sem afetações. O ator, que acumula mais de vinte trabalhos na tevê, não é do tipo que se preocupa com o tamanho de seus personagens. Mesmo assim, costuma encarnar papéis relevantes dentro de uma trama. Como, por exemplo, o Cassiano, protagonista de Flor do Caribe. Para ele, o trabalho em equipe é o mais importante dentro de uma novela.
"Essa palavra, protagonista, é uma bobagem. Esse peso não é para mim, não. Não tenho essa vaidade, nunca tive e nunca vou ter", assegura.
Na trama, o personagem de Henri é, à primeira vista, um típico mocinho. É um rapaz muito bonito e tem um relacionamento estável com seu amor de infância, Ester, vivida por Grazi Massafera. Apesar de ser de uma família simples, conseguiu realizar o sonho de se tornar piloto da Aeronáutica. Mas uma armação de seu amigo, Alberto, papel de Igor Rickli, faz com que ele vá parar da Guatemala e seja preso por pensarem que contrabandeou diamantes. Depois de sete anos e de todos acreditarem que está morto, Cassiano volta para sua cidade – como uma espécie de Conde de Monte Cristo moderno – e encontra seu então melhor amigo casado com sua ex-namorada.
"Vai ser uma mudança muito grande. O personagem vai sofrer, mas, mesmo na dificuldade, ele tem um certo humor", avalia.
O convite para Flor do Caribe partiu do próprio autor, Walther Negrão, que já conhecia o trabalho de Henri há bastante tempo. Os dois começaram a parceria em Como Uma Onda, exibida entre 2004 e 2005. Mas foi depois que Henri viveu o motoqueiro Rudy em Araguaia, também de Negrão, que o autor resolveu escrever um papel especialmente para ele em sua próxima novela.
"Ele gostou tanto daquela coisa de aventura que tinha em Araguaia, que quis reviver agora", explica.
Esta não é a primeira vez que Henri interpreta um piloto de avião. Em Um Anjo Caiu do Céu, de 2001, ele passou por uma experiência parecida na pele de Breno. Na época, o ator teve a oportunidade de voar em caças que atingem altas velocidades.
"Eu lembrava de bastante coisa da outra novela. Tinha até guardado algumas bolachinhas dos grupos. Fui procurar nas gavetas, achei um monte e trouxe para colocar no macacão do figurino", revela, animado.
Dessa vez, no entanto, a preparação foi mais intensa. Henri passou 12 dias na Base Aérea de Natal e conviveu com vários pilotos. Além de ter aulas de segurança, aprender a dar alguns comandos para a torre e passar por um simulador de avião, o ator tirou proveito do dia a dia corriqueiro dos profissionais. Sempre que podia, tinha uma conversa informal com um deles ou parava para tomar um café.
"Para mim, isso foi o mais importante. Teve um pesquisador da Aeronáutica de Brasília que me ajudou muito dizendo como é a vida desses caras, onde eles estudam, com quantos anos saem de casa, quais as dificuldades que passam ali…", enumera.
Henri também passou um tempo na Guatemala para gravar algumas cenas da trama. Lá, assumiu uma rotina pesada, que começava às 5 da manhã e terminava 14 horas depois, diariamente. Apesar de estar ocupado quase toda parte do tempo, o ator pôde se encantar com o local.
"O que mais me chamou a atenção foram as cores. Até o cemitério é colorido", surpreende-se ele, que já estava com vontade de interpretar um mocinho.
Principalmente, depois de ter dado vida a tipos mais obscuros, como o Rômulo de Gabriela e o Felipe de O Astro.
"Quando fiquei sabendo da novela, tinha até a possibilidade de eu fazer o vilão, mas tinha de ser o mocinho. É aquela coisa de intuição, eu queria fazer", conta.
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