Henrique Guimarães estreia na tV com papel duplo em Pecado Mortal
Por Redação - 05/08/13 às 11:45
Às vésperas de estrear na tevê, Henrique Guimarães mal consegue conter a euforia. E a animação não é descabida. Além de aparecer em Pecado Mortal na pele de dois personagens, o ator marca presença no debut de Carlos Lombardi, contratado a peso de ouro pela Record. O folhetim será dividido em duas fases.
"A primeira, que retrata os anos 1940, funciona como um prólogo. Serve para situar os personagens e o contexto de onde vieram", explica Henrique, que, no primeiro momento, dá vida ao italiano Michelle.
Recém-chegado ao Brasil, o personagem logo se envolverá com o jogo do bicho, uma das tramas principais da novela que irá suceder Dona Xepa.
Para viver o imigrante, Henrique teve de aprender um pouco de italiano.
"Sou paulista, então já falo com uma certa musicalidade. Apesar disso, fiz um trabalho forte de preparação para o sotaque", comenta.
Além da preparação de voz, o ator assistiu a palestras para entender melhor sobre o universo do jogo do bicho.
"Muitos imigrantes entraram para esse ramo porque fazia parte da cultura carioca. Era um trabalho informal e dava dinheiro", explica.
Ainda na primeira fase da novela que dura apenas um capítulo –, Michelle se torna o chefe do jogo do bicho, em um plano orquestrado por sua esposa, Donana, interpretada por Maytê Piragibe.
"Ele não é um vilão estereotipado. É mais um oportunista", defende.
Já na segunda fase, no final dos anos 1970, o ator dá adeus ao bigode e o cabelo liso e puxado para trás de Michelle. Então, aparece com a cara mais limpa e os fios cacheados na pele de Juliano, filho do bicheiro Michelle, agora interpretado por Luiz Guilherme. Se o sotaque italiano foi deixado para trás, Henrique teve de aprender novas funções para dar vida ao jovem.
"Ele é misterioso e observador. Mas, ao mesmo tempo, é solar. É capaz de passar o dia inteiro no mar, surfando", diverte-se, aproveitando para complementar que tem feito aulas de surfe duas vezes por semana.
"Era uma coisa que eu não fazia e já incorporei à minha vida. É um esporte introspectivo, de profundo contato com a natureza e é imprevisível", enumera.
Apesar de estrear na tevê com 30 anos, a carreira de Henrique começou há muito tempo.
"O teatro era uma coisa natural para mim. Sempre brincava em um universo ldico com meus irmãos", relembra.
Aos 17 anos, saiu de Mogi das Cruzes, onde morava com sua família, para cursar Artes Cênicas na Universidade Estadual de São Paulo.
"Fora a faculdade, fiz vários cursos, mas sempre voltado para teatro", afirma. Quando começou a trabalhar com publicidade, a vontade de abrir o leque e também investir na tevê aumentou.
Mesmo já tendo feito vários testes para a televisão, o ator nunca havia tentado trabalhar na Record. O convite para atuar em Pecado Mortal veio através do diretor Alexandre Boury.
"Ele me viu durante a leitura de uma peça e pediu para que eu fosse na emissora", lembra.
Apesar de não ser aprovado para o papel que foi testado – "Li o monólogo do Danilo, que vai ser interpretado pelo Gustavo Machado. Mas o Lombardi achou que eu era muito novo para o personagem", explica.
Henrique comemora ser chamado para interpretar pai e filho no folhetim.
"A experiência de compor dois personagens semelhantes, entretanto, distintos, está sendo incrível", pontua.
Pecado Mortal ainda não tem data definida para sua estreia. Henrique, no entanto, se divide entre as gravações no RecNov – complexo de estúdios da emissora, localizado no Rio de Janeiro – e a preparação para atuar na peça O Príncipe, que entra em cartaz em setembro. O espetáculo é mais uma das estreias do ator no ano. Além do texto do poeta italiano Maquiavel nunca ter sido montado para o teatro, a peça marca o início da carreira da atriz Leona Cavalli como diretora.
"Por ser italiano, falar de poder e de aproveitar as oportunidades, o texto me preparou muito para interpretar o Michelle", encerra.
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