Identidade visual são pontos fortes do seriado A Grande Família
Por Redação - 18/08/12 às 17:34
Nem sempre uma boa história é o único fator que faz uma produção se destacar na tevê. A identidade visual de um programa tem a sua importância. É através dela que o público reconhece rapidamente ao que está assistindo e pode criar laços ainda mais fortes com o produto. Há 11 anos no ar, A Grande Família, da Globo, se sustenta com tramas engraçadas e leves. Mas também carrega durante todo esse tempo um padrão estético bem característico.
"A inspiração vem da compreensão de que no subúrbio carioca tudo é um pouco mais 'vintage'. E a gente tenta manter a nobreza de uma hereditariedade em cada objeto que se coloca no cenário, para dar a ideia de que é uma junção de coisas que vêm com a família há algum tempo", explica a produtora de arte Alda Gonçalves, que trabalha em parceria com a cenógrafa Fumi Hashimoto.
O trabalho da dupla precisa ser minucioso. Ainda mais quando se está diante de algo já estabelecido. Como é o caso das duas, que entraram no lugar do produtor de arte Guga Feijó e da cenógrafa Luciane Nicolino há relativamente pouco tempo – Alda chegou no programa em outubro de 2011 e Fumi, há dois anos.
"Ir no estúdio com o cenário montado, me causou um impacto muito grande porque é o mais realista com o qual gravei", surpreende-se Alda, que já havia trabalhado em Malhação, durante oito anos e meio e compreende a dificuldade de substituir alguém que ocupava um posto há muito tempo.
"Você tem de se inserir no contexto. Leva um tempo para entrar na característica geral de um personagem e entender o cenário", completa. Mas o olhar de quem está de fora também pode ser uma vantagem. Fumi, que ajudou na implantação inicial do cenário ao lado de Luciane, gosta de avaliar o que deu certo e o que não deu ao longo dos anos para trazer novas ideias.
"A gente conseguiu fazer algumas mudanças na casa que resultaram em uma fotografia melhor, em termos de possibilidades de enquadramento e iluminação", conta.
Como houve uma passagem de tempo de quatro anos da última temporada para a atual, o cenário ganhou algumas novidades. Entre elas, a área externa da casa, onde Agostinho, de Pedro Cardoso, construiu uma piscina no período em que Lineu, de Marco Nanini, esteve em coma. Dentro da sala, o sofá mudou de lado, o que ajudou na logística das gravações.
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