Igor Rickli esbanja autoconfiança em sua estreia na TV
Por Redação - 17/03/13 às 19:03
Estrear na tevê normalmente provoca nervosismo e até medo. Mas Igor Rickli garante estar tranquilo ao ver suas primeiras cenas como o vilão Alberto, de Flor do Caribe, da Globo. Depois de 11 anos estudando interpretação e há quatro trabalhando com teatro no Rio, o ator acredita que pode recorrer à sua bagagem teórica nas sequências mais complicadas.
"Algumas pessoas se surpreendem e até me questiono se eu deveria estar mais nervoso. Mas, sinceramente, não estou. Esperei muito para que esse momento chegasse e, agora, quero mais é me dedicar e curtir", explica.
Na trama, Alberto trai o amigo de infância Cassiano, personagem de Henri Castelli, para tentar conquistar o amor de Ester, vivida por Grazi Massafera. Uma situação que Igor garante já ter visto acontecer com outras pessoas.
"Tem gente capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer", opina, mencionando em seguida que pretende fazer de tudo para que seu vilão ganhe as graças dos telespectadores.
"Tudo pode acontecer ali. No fundo, quero que percebam a motivação dele. É claro que suas atitudes são condenáveis, mas o tempo pode redimi-lo", aposta.
O Fuxico: Esse é seu primeiro trabalho na televisão. Chegou a se basear em alguma história ou buscar referências para construir o seu personagem?
Igor Rickli: Não me baseei em nada, a não ser no que é realmente a história. Meu processo de trabalho tem sido outro. Prefiro acreditar que o Alberto existe, então quis saber quem é esse cara. De onde ele veio, em que dia ele nasceu, o que aconteceu? Criei uma vida para o Alberto. Não achei legal me basear em alguém porque cada indivíduo tem um objetivo, não dá para ficar usando traços externos.
OF: Hoje, os vilões são personagens que, algumas vezes, caem no gosto público. Como encarou a ideia de estrear em novelas como um vilão?
IR: É quase ganhar dobrado na loteria, considero uma grande sorte. É um tipo de personagem onde posso exercer meu trabalho de ator com amplitude, com uma cartela de emoções. Tem sido muito bom para o meu crescimento. Aprendo bastante com o Jayme Monjardim (diretor), então consigo me sentir mais seguro. Mesmo sabendo da responsabilidade e do tamanho desse papel. Assim que eu soube o que era e comecei a ler o texto, vi que poderia ser difícil para brincar mais. Exige muito do ator. Mas eu estou muito confiante. Acho que esperei muito tempo por isso, me preparei, estudei e fiz milhões de cursos. Não tenho tanta prática, mas me sinto preparado para executar isso nesse momento de vida.
OF: Pela história, você acha que o público pode torcer pelo seu personagem?
IR: Bom, o que eu mais quero é que isso aconteça. Minha maior vontade é que as pessoas entendam suas motivações. Estou fazendo o papel de advogado do Diabo, defendendo mesmo esse cara com muito empenho. Não quer dizer que eu aprove as atitudes dele, porque de fato eu não concordo com o que ele faz. Mas vou defendê-lo, sim, e espero que caia no gosto popular.
OF: Como surgiu a oportunidade de integrar o elenco da novela?
IR: Tudo começou a partir de uma peça que eu fazia, chamada Judy Garland – O Fim do Arco-Íris. O Jayme foi assistir com o Manoel Carlos e, dali, fui chamado para fazer o filme do Monjardim, O Tempo e o Vento, onde eu interpreto o Bolívar. Desse filme, Jayme me chamou para a novela. Foi uma alegria absurda quando me ligou dizendo: “Eu quero que você faça o grande vilão da trama”. Nem acreditei. Na hora, respondi: Pode ser. Fiquei meio sem fala, sem reação. Não acreditava naquilo.
OF: Está preparado para lidar com possíveis críticas?
IR: Olha, eu não quero nem imaginar o que vai ser quando rolar uma crítica. Sou muito apegado. Faço tudo com muito amor. E nesse trabalho mais ainda. Eu quero que as pessoas gostem disso, então não sei se eu vou lidar bem com críticas negativas. Mas pretendo ouvi-las e tentar corrigir o que eu puder. A verdade é que sempre dá para melhorar. Mas tenho a impressão de que vai dar tudo certo.
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