Império Serrano define Silas de Oliveira como enredo para o Carnaval 2016

Por - 24/03/15 às 04:10

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O Império Serrano decidiu nesta segunda-feira (23), data em que festejou 68 anos de fundação, o enredo que a escola levará para a Marquês de Sapucaí no Carnaval 2016. Atendendo ao desejo da comunidade imperiana, o tema da vez é Silas de Oliveira.
 
O carnavalesco Severo Luzardo vai assinar o enredo, que promete não apenas exaltar a obra do compositor como imaginar como ele faria homenagem, nos tempos de hoje, à escola que tanto amou. 
 
O objetivo da verde e branco de Madureira é retonar ao Grupo Especial após a recente terceira colocação na Série A. O título será Silas, canta Serrinha.
 
Em 2016, são marcados os 100 anos de nascimento de Silas, falecido em 1972 após se consagrar como um dos maiores compositores de sambas-enredo.
 
No Império Serrano, foram 14 sambas levados para a avenida, dentre os quais estão os clássicos Aquarela Brasileira (1964), Heróis da Liberdade (1969) e Os Cinco Bailes da História do Rio (1965), esse em parceria com Dona Ivone Lara.
 
Pelas redes sociais, Luzardo escreveu a justificativa do enredo:
 
"Ah Serrinha! Pelas bênçãos de todos os deuses do carnaval, vamos cantar a poesia de um lugar especial: Serrinha, esta maravilha de cenário! Com a alma imperiana, Silas de Oliveira, fez da Serrinha, o seu poema mais bonito, a sua morada, o seu carnaval. Nos quintais da Balaiada, ele cantou versos, retratando o dia-a-dia da sua gente, inebriado pelo samba, pelo jongo, pela negritude e pela alegria! No chão batido dos terreiros recebeu o axé de um povo simples, mas nobre, que herdou a magia ancestral de fazer batucada na palma da mão. A arte de fazer o samba de roda para ver a saia rodar no chão e levantar poeira.
 
Assim, com pequenos detalhes repletos de emoções e sentimentos, a Serrinha será retratada no amor pela melodia, pelo verso e pelo dom que o sambista tem de festejar sempre, para celebrar todos os momentos da vida.
 
Na transversal do tempo, veremos a Serrinha ser povoada e ser colonizada: os negros plantando sementes de miscigenação. Veremos o comércio surgir, tanta coisa mudar e a Serrinha se transformar num dos maiores centros autênticos e tradicionais de cultura do Rio de Janeiro, ganhando o mundo essencialmente através da arte, do jongo e do samba!
 
Foi assim que o morro desceu o asfalto como passarela! Hoje, nos juntamos a Silas e a cada guerreiro imperiano e nos embriagamos de paixão pelos becos e vielas da Serrinha, em plena Marquês de Sapucaí! Com a Sinfônica do Samba, queremos mais uma vez ouvir o toque do agogô ao lado de Eulália, Molequinho, Fuleiro, Aniceto e Mano Décio. Eles que são os nossos grandes “Heróis da Liberdade”!
O Império Serrano é a mais pura tradução da raiz e da herança deixada pelos braços destes nobres baluartes. Eles formam um chão repleto de estrelas que nos ilumina com sua história. Silas emoldura a aquarela do Brasil, com o sangue verde da esperança e branco da paz. É a voz do Império Serrano, é a voz da Serrinha! O episódio relicário imortalizado pelo artista num sonho genial.
 
Silas canta Serrinha!"
 
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