Império: Silviano detona José Alfredo

Por - 06/02/15 às 11:27

Imperio/TV Globo
Sempre comedido e subserviente, Silviano (Othon Bastos) vai elevar a voz com José Alfredo (Alexandre Nero), travando um grande embate em Império, novela exibida na Globo na faixa das 21h. 
 
Ao saber do casamento de Marta (Lilia Cabral) e o mordomo, José Alfredo tira satisfação com a mulher. Silviano escuta a conversa e gela ao ver que o patrão sabe de seu passado. Ele foge do apartamento e vai para sua casa, onde, abraçado ao porta-retrato com foto de Marta, chora copiosamente. Mas, de volta ao trabalho, Silviano tem que enfrentar a fúria do patrão.
 
O mordomo em seu quartinho minúsculo, acabando de vestir sua roupa, quando a porta se abre e José Alfredo entra e se põe diante dele. 
 
"Desculpe, lordship, eu sei que estou um pouquinho atrasado hoje…", diz o mordomo, tentando se explicar, mas o comendador o corta.
 
"Eu não esperava isso de você, Silviano".
 
"O fato de me atrasar, ou tudo que aconteceu antes? Porque essa história do meu… relacionamento com Madame…", diz Silviano, novamente interrompido pelo imperador. 
 
"Nem uma coisa nem outra, não é disso que estou falando… Mas de você ser esse falso, esse canalha que se diz chamar Fabrício Melgaço".
 
Silviano não entende e Zé Alfredo se enfeza.
 
"Não vou repetir, não se faça de sonso… Você sabe. Só quero que arrume sua trouxa e se mande daqui, vá embora, nunca mais bote os pés nesta casa… E fique aguardando notícias minhas, pois vou acabar com sua raça!".
 
Em  choque, de cabeça baixa diante de José Alfredo, o mordomo questiona. 
 
"Perdão, mas creio que não entendi direito. Lordship está me suspendendo de minhas atividades?".
 
"Não, é mais que isso: estou lhe demitindo! Não suporto mais ver sua cara de quem se acha superior só porque fala um português arrevesado e cheio de frufrus. Nem quero mais me fazer de cego enquanto você e Marta conspiram contra mim dentro de minha própria casa. Por isso, pegue sua pompa que tanto preza, junte sua meia dúzia de quinquilharias de velho cheio de manias, de nobre falido e saia da minha casa pra sempre. E já que a vida inteira fez questão de manter tradições e regras de etiqueta, use a porta dos fundos e o elevador de serviço!", brada o homem de preto.
 
De cabeça erguida, com semblante de ódio, Silviano o enfrenta. 
 
"Não se preocupe, vou fazer o que lordship mandou. É só o tempo de juntar o que é meu e me despedir das pessoas… Se o patrão tiver a generosidade de me permitir que o faça", pede o mordomo.
 
O comendador assente, mas avisa para ele não demorar. José Alfredo dá as costas e sai. Silviano intervém. 
 
"O senhor deve sentir muito ódio desse Fabrício Melgaço, não é?", indaga. 
 
"Nem um pouco. O que eu sinto é pena dele. Porque, na hora em que botar as mãos no sujeito, seja ele quem for – inclusive você – aí não vai sobrar nem a lembrança dele", garante o empresário. 
 
Quando o patrão sai, Silviano diz para sim mesmo.
 
"Então… Que vença o mais cruel e impiedoso."
 
O comendador avisa para Marta que demitiu Silviano. Depois, volta à cozinha e avisa a todos da saída do empregado.
 
"Eu já ia me esquecendo, faço questão de lhe pagar todos os direitos legais… Deixe a sua carteira de trabalho, quero assinar sua rescisão eu mesmo", afirma.
 
Marta entra nesse instante já aos gritos.
 
"Escuta aqui, Zé, o Silviano trabalha pra mim, você não tem o direito de demitir um funcionário meu!". 
 
"Seu, Marta?! Como 'seu se você nunca pagou o salário dele? E muito menos pode pagar agora, já que não tem mais onde cair morta!", brada o homem de preto.
 
A imperatriz diz que ainda pode vender suas joias.
 
"As que eu lhe dei! Não as que o teu ex-marido aí tirou do cofre lá na Suíça, e no lugar delas só deixou um bilhete pra você… como era mesmo que estava escrito nele…", diz José Alfredo, tentando se lembrar.
 
Até que Silviano o corta, violento. 
 
"Vai à merda! Era o que estava escrito no bilhete que eu deixei pra Marta no lugar das joias… E é pra onde mando agora o senhor… Comendador da buchada de bode e Lord Escondidinho de Carne Seca: vá à merda também!", brada o mordomo.
 
"O homem enlouqueceu de vez! Além de roubar o meu dinheiro feito um ladrãozinho safado…" acusa o imperador, que novamente é interrompido por Silviano.
 
"Tudo menos isso! Não aceito que me chame de ladrão… Nunca! É uma ofensa grave, ainda mais vinda de um escroque… Escroque, sim! Um bandido que cometeu todo tipo de ato condenável pra subir na vida… Ou você acha que não sei? Sei que se apropriou do que não era seu! Lavou dinheiro, fez contrabando, roubou, matou… Até o corpo, quando foi preciso, vendeu! E ganhou muito dinheiro. Tanto que comprou o título de comendador do governo. Se acha o rei do mundo, o homem que faz chover diamantes sobre a terra. Você se vê como um Imperador, mas é só o que sempre foi: um bronco, um nordestino rastaquera e sem o menor refinamento, que nunca teve escrúpulos, um ignorante que nunca foi capaz de perceber que seu maior tesouro era Marta, a mulher com quem casou, e sem a qual até hoje não passaria de uma criatura exótica, um palhaço aos olhos do mundo… E se esse tal de Fabrício Melgaço existe mesmo, então está fazendo um favor à humanidade ao mostrar que o Imperador não passa de um…", discursa o ex-funcionário, deixando José Alfredo boquiaberto.
 
Marta pede que o ex primeiro marido pare com aquela cena. Zé aproveita e parte pra cima de Silviano. A imperatriz se se coloca entre os dois. 
 
"Vou lhe mostrar do que é capaz um nordestino bronco… Vou arrancar essa tua casca de homem fino e civilizado… junto com tua pele!", ameaça José Alfredo, tendo Marta aos gritos, tentando impedir que se atraquem.
 
Nesse momento, entram Clara (Andréia Horta), Du (Josie Pessoa), Lucas (Daniel Rocha) e Vicente (Rafael Cardoso) e tentam segurar o comendador, que se volta contra Marta quando ela ventila a possibilidade de fazer alguma coisa caso o marido demitisse Silviano. 
 
"Você fazia o quê, me diz? Ia com ele?… Porque é só nele que tá pensando! Sabem por quê? O tempo todo os dois estiveram juntos! Não como um casal, pior ainda… Como dois trapaceiros, vigaristas que se juntaram pra me passar a perna, pra roubar minha fortuna e o meu Império!", acusa.
 
Marta diz que é duro ouvir tanta inverdade do marido, mas pede apenas que ele se acalme. O comendador avisa que isso só vai acontecer quando Silviano for embora. 
 
"Agora vou arrumar minhas coisas. Ou, como ele disse… Meus trastes", garante o ex-funcionário.
 


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