Indenização de Marília Mendonça pode ser revista pela Justiça. Relembre as vítimas!
Por Flavia Cirino - 10/07/2025 - 12:45

O acidente aéreo que vitimou Marília Mendonça ainda repercute, e agora o foco se volta ao acordo extrajudicial entre dona Ruth, mãe da cantora, e as famílias das outras vítimas. Além da cantora, morreram no acidente o produtor Henrique Bahia, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.
De acordo com o jornalista Ricardo Feltrin, a mãe da artista teria proposto uma divisão da indenização paga pela seguradora: 50% para cada parte. Cada família teria direito a 200 mil dólares, mas recebeu apenas metade desse valor.
Relembre o acidente que vitimou Marília Mendonça e mais quatro pessoas
Diante da repercussão, surgiram novas possibilidades jurídicas. Conforme destaca o advogado Tiago Juvêncio, as famílias ainda podem reverter o acordo. “Caso alguma família se sinta prejudicada ou considere que não teve acesso às informações necessárias, ela tem até dois anos para recorrer ao Judiciário e pedir a revisão ou anulação do negócio”, orienta o especialista.
A situação levanta questionamentos sobre a validade e transparência de acordos desse tipo, especialmente em casos de comoção nacional. A alegação de dona Ruth seria de que o valor integral da indenização acabou destinado ao neto Léo, filho único de Marília.
Justiça pode reavaliar acordo e garantir reparação justa
De acordo com Juvêncio, há requisitos legais para que um pacto extrajudicial como esse se reconheça nos tribunais. “Para que esse tipo de pacto tenha validade, todas as partes devem entender e aceitar livremente seus termos — sem enganos, pressões ou falta de informação”, ressalta.
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O advogado ainda alerta sobre um ponto decisivo: “Também é preciso que a seguradora confirme oficialmente a divisão, sob pena de o pacto não produzir efeito contra ela”. Sem esse respaldo formal, o acordo pode sofrer ajustes ou até anulação.
Ainda de acordo com as informações veiculadas, dona Ruth teria indicado às famílias que, caso não aceitassem os 50%, o caminho seria buscar reparação por vias judiciais — processo que, por sua natureza, costuma levar anos. O impasse, portanto, gira em torno do tempo e da necessidade de justiça.
A nova exposição do caso reacende o debate sobre transparência, boa-fé e direitos legais de todos os envolvidos. A novela jurídica promete capítulos intensos, nos quais o Judiciário pode ser chamado a garantir uma reparação proporcional à dor das famílias.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























