Ingra Liberato relembra momentos de seus 20 anos de carreira

Por - 17/03/13 às 17:03

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Depois de morar por 11 anos em Porto Alegre, a baiana Ingra Liberato decidiu voltar para o Rio de Janeiro e para as novelas.

"Estava morrendo de saudade de fazer televisão", explica a atriz, que agora interpreta a Celina, de "Balacobaco", da Record.

Sua Última personagem fixa havia sido a Amina, de O Clone, em 2001, da Globo. Desde então, a atriz se dedicou apenas ao teatro e ao cinema, com poucas participações na tevê. Ingra se tornou famosa por sua personagem em Pantanal e, logo depois, em 1990, protagonizou a novela Ana Raio e Zé Trovão, da Manchete.

"Foi um trabalho que me marcou muito. Não tinha estúdio, a equipe passou um ano viajando", relembra.

Agora, Ingra vive uma produtora de eventos que, depois de seis anos morando em Londres, volta ao Brasil com a família.

"Celina é uma mulher ativa e moderna, mas também apegada à família", conta.

Porém, seu casamento com Vicente, personagem de Rafael Calomeni, começa a desandar quando ele se apaixona por Mirela, interpretada por Thais Pacholek. Carente, Celina cede às investidas de Magno, vivido por André Segatti.

"Quem traiu primeiro, nesse caso, foi ela. Mas ele já estava traindo em pensamento e abriu espaço para essas coisas acontecerem", analisa.

A situação fica ainda pior quando a produtora descobre que Magno era capanga de Norberto, o vilão de Bruno Ferrari, e foi cúmplice de muitos de seus crimes. Na fase atual da trama, Celina, separada de Vicente, precisa lidar com a rejeição de seus filhos, que não aceitam seu romance com Magno, e ainda se dispõe a denunciar os crimes de Norberto para levá-lo à Justiça. Vitor Facchinetti e Ciça Banal interpretam seus filhos, Rafael e Gabriela.

Com várias entradas e saídas da tevê ao longo da carreira, Ingra já foi bailarina e até se dedicou a criar cavalos. A paixão pelos animais surgiu quando a atriz deu vida a Ana Raio, na extinta TV Manchete, na que foi dirigida pelo então marido, Jayme Monjardim.

"Criava cavalos portugueses, estudava sobre todas as linhagens. Foi uma paixão", conta.

Mas a vontade de atuar falou mais alto e Ingra voltou à carreira.

"O que eu gosto mesmo de fazer é atuar", afirma a atriz, que não tem um favorito entre tevê, teatro ou cinema.

"Não tem a ver com o veículo. Depende do projeto, do personagem e do grupo envolvido", define. 

Sua estreia nas novelas foi como a Tonha da primeira fase de Tieta, em 1989, na Globo.

"Comecei sem estar preparada. Mas a paixão pela personagem e pelo trabalho me ajudou muito", avalia.

No ano seguinte, Ingra interpretou a versão jovem de Madeleine em Pantanal, novela que fez grande sucesso e chamou atenção por ser, de fato, gravada no Pantanal Mato-Grossense.

"O Jayme lançou muita gente nova, mas não foi de propósito. Ele chamou atores conhecidos, mas as pessoas não tinham coragem de ir pra um lugar onde só é possível chegar de avião bimotor", revela, aos risos, se referindo a Jayme Monjardim, que dirigiu a produção e com quem foi casada.

"Conhecer o Pantanal foi inesquecível, o lugar é realmente impressionante", acrescenta.

Quando foi chamada para O Clone, da Globo, a atriz já havia se mudado para Porto Alegre.

"Me chamaram para fazer sem nem saber que eu estava morando lá. Mas trabalhei até o fim da novela", diz.

Ingra decidiu deixar o Rio de Janeiro quando se casou com o msico Duca Leindecker.

"Eu queria ter um filho. Esse foi o projeto mais importante de todos", lembra a atriz, que hoje é mãe de Guilherme.

Morando na cidade, Ingra trabalhou em minisséries de emissoras locais, como a Ulbra e a RBS, e fez pequenas participações em novelas da Record. Agora, além da novela, a atriz estará em dois filmes. E aproveita para procurar um projeto teatral para ensaiar e entrar em cartaz no ano que vem.

"Voltei cheia de gás para fazer tudo ao mesmo tempo", garante.

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