Selena Gomez chora com as deportações em massa: ‘Eu não sei o que fazer’

Selena Gomez postou e apagou um vídeo dela chorando sobre as deportações de imigrantes indocumentados e a caçaria realizada pelos agentes da ICE [Immigration and Customs Enforcement] dos Estados Unidos, depois que Donald Trump foi eleito presidente.

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A atriz e cantora estava inconsolável no vídeo, sentindo-se impotente diante da situação. Selena ficou completamente desesperada ao saber que os agentes estão invadindo escolas para ‘caçar’ crianças, filhos de indocumentados.

“Eu só queria dizer que sinto muito. Todo o meu povo está sendo atacado, as crianças. Eu não entendo. Sinto muito. Eu queria poder fazer algo, mas não posso. Eu não sei o que fazer. Vou tentar de tudo, eu prometo”, ela disse em meio a lágrimas em um vídeo postado em seus stories do Instagram.

Gomez é México-americana por parte de pai e seus avós paternos eram imigrantes indocumentados.

Ela apagou o vídeo logo depois, após ser criticada, e postou posteriormente um story, também deletado, simplesmente com uma legenda dizendo: “Aparentemente, não é certo demonstrar empatia pelas pessoas.”

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O vídeo foi amplamente ridicularizado nas redes sociais, como pelo apresentador inglês de talk show Piers Morgan, que escreveu: “Postar você mesma chorando, por criminosos imigrantes ilegais sendo deportados é um novo nível de narcisismo absurdo de celebridade.”

Acontece que o próprio Morgan também foi duramente criticado por sua fala, já que as deportações não se limitam a ‘criminosos imigrantes ilegais’ e sim a todos aqueles trabalhadores e famílias inteiras, sem nenhum problema com as autoridades, simplesmente pelo fato de não estarem legais nos Estados Unidos.

Em uma entrevista à revista Time em 2019, Selena Gomez falou sobre como a imigração ilegal ajudou a moldar a história de sua própria família nos Estados Unidos.

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“Na década de 1970, minha tia cruzou a fronteira escondida na caçamba de um caminhão… Meus avós a seguiram, e meu pai nasceu no Texas logo depois. Em 1992, eu nasci cidadã dos Estados Unidos graças à bravura e ao sacrifício deles”, justificou.

“Nas últimas quatro décadas, membros da minha família trabalharam duro para obter a cidadania americana. A imigração sem documentos é uma questão em que penso todos os dias, e nunca esqueço o quão abençoada sou por ter nascido neste país graças à minha família e à graça das circunstâncias. Mas quando leio as notícias ou vejo debates sobre a raiva da imigração nas redes sociais, sinto medo por aqueles em situações semelhantes.”