Irmão de Elke Maravilha faz bazar para vender objetos da artista

A sala do apartamento em que Elke Maravilha morava, no bairro do Leme, na Zona Sul carioca, abriga um grande acervo, cuidado por ela nos últimos dez anos de vida, A artista, que morreu há três meses, guardou incontáveis quadros, peças, figurinos, calçados e perucas extravagantes das suas cinco décadas de carreira. Muitas dessas memórias estão sendo colocadas à venda pelo irmão, Frederico Grunnup, através de um bazar que ele está organizando a partir deste sábado (5).

"Estamos fazendo esse bazar para a manutenção do acervo. Então, serão vendidas apenas algumas peças", disse ele ao jornal Extra.

O que sobrar, terá que mudar de endereço, já que o apartamento em questão nunca pertenceu a Elke.

No acervo, há peças que chegam a valer R$ 50 mil, segundo Frederico. Mas o irmão conta que essas preciosidades não estarão à disposição dos compradores.

"Vamos vender apenas as peças mais simples, como roupas, colares, botas, justamente para ter esse dinheiro para manter esse acervo. A ideia não é lucrar".

Ele revelou à publicação que a vontade de criar um bazar partiu do desejo, ainda em vida, da própria irmã.

Frederico Grunnup tem 60 anos, é viúvo e, desde 2000, largou a empresa de turismo em que trabalhava para morar com Elke e administrar sua carreira e seus negócios. Ele hoje vive de economias. Elke não tinha nenhuma herança além das peças do acervo.

"Não existe tristeza aqui em casa. Elke sempre transmitiu alegria, então, procuro não ficar triste".