IZA comenta sobre preconceito racial

Por - 20/11/17 às 18:33

Reprodução/Instagram/iza
Que IZA (em caixa alta mesmo!) é uma das grandes apostas da música brasileira, não é segredo para ninguém. A cantora, de 27 anos, roubou a cena ao cantar, no palco Sunset do Rock in Rio, ao lado de ninguém menos que CeeLo Green e, de lá para cá, seu sucesso só aumenta. 
 
No topo das paradas com o hit Pesadão, parceria com Marcelo Falcão, do O Rappa, a carioca passou por poucas e boas para chegar onde chegou.
 
“Eu era a única negra da escola e só percebi como isso afetava outras pessoas com o tempo. No Rio, eu já havia sido a única da turma. Era a diferente”, revelou a moça, sobre quando morava em Natal, no Rio Grande do Norte, em entrevista ao jornal Extra. 
 
Sobre a profissão, a estrela revela que seu ofício é muito mais do que cantar.
 
“Tenho a chance de ser referência para muitas meninas negras como eu, posso oferecer representatividade e dizer a elas que podem ser quem quiserem”, afirma.
 
E não pense que a vida de IZA foi só flores. A artista enfrentou preconceito racial quando ainda era criança, mas soube se levantar e, agora, se tornou uma das mulheres mais empoderadas (e maravilhosas!) do País.
 
“O apelido que eu mais odiava era o de churrasquinho. Um dia perguntei à minha mãe por que as pessoas me olhavam no mercado. E ela dizia: ‘porque você é linda’. Essa bela autoestima foi primordial. Mas, claro, que tive minhas noias. Alisei aos 12 anos. Minha mãe se rendeu e deixou. Eu não me achava atraente com o cabelo natural. Só fui beijar na boca com 17 anos”, contou.
 
Agora, uma das cantoras mais populares e famosas do pop brasileiro, IZA não se deixa abater com as críticas e nem com a fama, afirmando que detesta quando a tratam como diva.
 
"Detesto que puxem meu saco, que me tratem como diva”, avisa: “Sei de onde vim e prezo meus valores. Amo ir ao Saara, me enfiar nas lojas, comprar caixinhas. Não dá mais para ir. Sou muito pé no chão. Me blindo do deslumbramento, procuro ouvir o que realmente interessa. No mais, me protejo com a fé. Para onde vou levo meu terço e ando com a Bíblia na mala”, encerrou.
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