Jayme Matarazzo atuou em minissérie para entender sua história familiar

Jayme Matarazzo é um consumidor voraz de todo tipo de arte. Apaixonado por fotografia, cinema, pintura e música, é fácil perceber em seu discurso a mesma empolgação com a interpretação.

"Gosto de várias maneiras de expressar sentimentos. Adoraria cada vez mais brincar de várias artes", diz.

Mas, no momento, sua atenção está voltada com afinco para Maurício, personagem que interpreta em Sangue Bom. Em sua quarta novela, o ator encarna o segundo protagonista de sua carreira na tevê. E enxerga o posto não só como uma grande responsabilidade, mas também como um prestígio por estar à frente de uma história. Tarefa que é dividida com outros cinco protagonistas – Fernanda Vasconcellos, Humberto Carrão, Marco Pigossi, Isabelle Drummond e Sophie Charlotte.

"Sou muito apaixonado por contar história, de várias maneiras, seja com fotografia, direção, música… E nós seis estamos com muita disposição de fazer o projeto dar certo", anima-se.

Na história de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, Maurício é um rapaz que sempre teve tudo o que quis e foi acostumado a uma vida repleta de luxo. Noivo de Amora, de Sophie Charlotte, o personagem abre mão de tanta regalia quando descobre que seu pai, Natan, papel de Bruno Garcia, trai sua mãe, Verônica, de Letícia Sabatella, com sua futura sogra, Bárbara Ellen, interpretada por Giulia Gam.

"O que mais me atrai no personagem são os dramas e os conflitos dele", ressalta.

Além de lidar com a tumultuada separação dos pais, Maurício se vê entre Amora e Malu, de Fernanda Vasconcellos, irmã da famosa "it girl" que resolve declarar seu amor para ele.

"Eu acho muito legal esse triângulo. É bom para nós, atores, nos aventurarmos uns com os outros e para a trama também. As personagens delas têm realidades muito diferentes, onde cada uma tem muita razão para ser o que é", avalia.

Adepto de um trabalho de composição, Jayme pesquisou sobre o universo em que seu personagem está inserido. E foi atrás de informações sobre o mundo das celebridades e do entretenimento.

"A gente acaba tendo que, em vários momentos fazer parte disso, mesmo não sendo. Então, o Maurício, de certa maneira, estava mais próximo", pondera.

Além disso, aproveitou muito da experiência que teve quando trabalhou, durante quatro anos, em uma agência de publicidade, antes de começar a carreira de ator. Jayme resgatou aquela época e visitou outras agências porque, na trama, o pai de seu personagem também é dono de uma e Maurício chegou a trabalhar nela.

"É um laboratório menos específico do que o que fiz para o Rodney, em que saí muito para a rua e conheci o mundo do grafite", compara com seu personagem anterior, em "Cheias de Charme".

Animado com o atual momento de sua carreira, Jayme comemora o fato de, em seu quinto trabalho na tevê, ter tido a oportunidade de conviver com cinco equipes diferentes ao longo de sua trajetória. Principalmente porque pretende, mais adiante, explorar o gosto por direção.

"Isso é muito legal para uma pessoa que está começando. Quero aprender com todo mundo ali dentro", avisa.

Foi a vontade de ser diretor, inclusive, que acabou levando Jayme para a interpretação. Na época estudante de Cinema, ele foi trabalhar como assistente de seu pai em Maysa Quando Fala O Coração. Mas o que era, inicialmente, um trabalho simbólico, que representava a história da família de Jayme – ele é neto da cantora Maysa –, acabou se tornando sua estreia na tevê frente às câmaras. Isso porque a equipe não encontrou um ator para viver Jayme Monjardim na fase jovem. Assim, Jayme assumiu o papel com a intenção de prestar uma homenagem ao pai e à avó.

"Eu não queria atuar, não tinha pensado sobre isso. Aceitei mais para entender a história da minha família", recorda.

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