Jayme Monjardim fala de cura do câncer ao comemorar 65 anos

Nesta quarta-feira (19), Jayme Monjardim comemorou seus 65 anos de idade em plena forma. Ele trabalha na direção da série O Anjo de Hamburgo, primeira falada em língua inglesa para a Globo, com Sophie Charlotte no papel principal e não pensa em parar tão cedo.

"A gente começa a ter uma sensação, no meu caso, de que está começando tudo de novo. E isso é muito bom. Quando lembro que o Dr. Roberto Marinho começou a Globo aos 65, digo assim: ‘Opa, estou começando’. É um sentimento de reciclar, de repensar as coisas, de ver o quanto a gente aprende. E que quanto mais aprende, mais percebe que tem muito a aprender", disse ele ao portal Gshow.

E Monjardim tem muitos motivos para comemorar a data. Há 5 anos ele descobriu um câncer na próstata, que o abalou demais a época.

"Quando recebi a notícia foi uma bomba para mim, porque a gente não está preparado para isso. É muito difícil. Mas, por outro lado, tem que enfrentar a situação. Então foi uma mudança radical na minha vida, saber que eu ia ter que enfrentar uma série de dificuldades", contou.

E a preparação para o tratamento exigiu muito emocional e fisicamente.

“Tive que me preparar. Foram vários meses muito difíceis, até porque quando a gente fala de câncer de próstata está falando de coisas que vão além da doença. Dá muito medo de incontinência urinária, de nunca mais ter ereção… Coisas que fazem desse câncer, para os homens, uma situação muito delicada. Foi uma grande jornada, difícil, mas superada com muita fé. Isso que é importante", revelou.

Mas por sorte, tudo ficou no passado e Jayme se curou da doença. Foi muito acompanhamento médico até ter a certeza de que tudo havia acabado.

"A gente sempre ficava, a cada seis meses, apavorado, porque você passa a ter uma relação com isso muito intensa. Faz os exames e acaba superando mais uma fase. Então, é um período em que você passa a ter que pensar e agir de forma diferente, e lidar com a doença de forma muito séria, mas sempre com esperança. Tem que ter certeza de que você ficará bom. Isso é muito importante para a recuperação", explicou.

Além da medicina, o diretor também se apoiou demais na fé. Católico fervoroso, ele marcou na pele toda sua devoção à Deus.

"Acabei colocando toda a Gênesis da criação no meu braço. O Pai Nosso e o Salmo 23 em aramaico, e a teoria do homem e da mulher da Gênesis também. Na verdade, não tenho nenhuma tatuagem desenhada, é tudo escrito, e tenho vontade de fazer mais. É muito louca essa relação com as tatuagens, porque quando faz uma quer fazer mais. Ainda pretendo fazer outras, sempre com temas bíblicos", revelou.

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