Jessica Alves, ex-Ken Humano, quer fazer transplante de útero: “Me sentiria completa”

Jessica Alves é conhecida no mundo das celebridades por fazer várias cirurgias plásticas, por já ter se dedicado algum tempo da vida como Ken Humano, mas agora tem outro sonho: o de se tornar mãe.

Em entrevista à revista Closer, Jessica Alves disse que quer ser a primeira mulher transexual do mundo a realizar um transplante de útero, já que tem o desejo de ter um filho até seus 40 anos. Atualmente, ela tem 37.

“Mesmo custando um milhão de libras para ter um útero eu encontraria uma maneira de fazer isso. Eu adoraria um bebê que tivesse meus próprios genes e sangue, e eu tenho meu esperma congelado para poder usá-lo para fertilização in vitro”, disse ela em entrevista à Closer.

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Jessica ainda revelou na entrevista que tem o sonho de ouvir seus filhos a chamando de “mamãe”.

“Tudo que eu queria era ser mulher e fazer a cirurgia de mudança de sexo foi o dia mais feliz da minha vida. Mas ter um útero seria ainda melhor — eu me sentiria completa se pudesse dar à luz. Eu adoraria ter uma ninhada de filhos. Eu ficaria muito feliz se fosse chamada de ‘mamãe’, completou.

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TRANSPLANTE DE ÚTERO

O transplante uterino é uma técnica cirúrgica, ainda em fase experimental, que tem o objetivo de colocar o útero de uma doadora — viva ou pós-morte — em uma receptora com infertilidade causada por fator uterino absoluto, de acordo com a médica especialista em reprodução humana, Adriana de Góes.

Segundo notas da Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o fator uterino de infertilidade acomete 1 mulher a cada 500 em idade fértil.

O objetivo do transplante uterino é aumentar as possibilidades de que mulheres com infertilidade consigam engravidar. Contudo, a técnica ainda é indicada em poucos casos, sobretudo para pacientes que não têm o útero, seja por ausência congênita, seja por retirada cirúrgica anterior.

Recentemente, o Brasil foi palco de um marco na história da medicina. Tivemos o primeiro bebê do mundo nascido vivo, após transplante feito com útero de doadora falecida. O caso ganhou repercussão internacional e foi publicado na revista científica The Lancet.

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MULHERES TRANS PODEM ENGRAVIDAR?

De acordo com Jacques Balayla, obstetra-ginecologista e cientista clínico da Universidade McGill, no Canadá, que faz um estudo sobre o assunto “não há uma razão ética para se negar ao procedimento”.

“Uma mulher que nasce sem útero e uma mulher trans que faz a transição devido à disforia de gênero têm uma reivindicação semelhante à maternidade se considerarmos que ambas têm direitos equivalentes para cumprir o potencial reprodutivo de seu gênero”, revela Balayla.

Apesar disso, a questão ainda é apenas teórica, já que nenhuma cirurgia ou procedimento deste tipo foi realizado.

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