João Augusto, filho de Gugu Liberato, confessa: “Não sabia da grandiosidade do meu pai”
Por Redação - 26/11/21 às 14:33
Em uma live, realizada na quinta-feira, 25 de novembro, com uma hora de duração, João Augusto Liberato conversou com Geraldo Luís e falou das lembranças que guarda do pai, a expectativa de vir ao Brasil passar o Natal com a família, sua realidade de morar sozinho e cursar uma faculdade nos Estados Unidos, seus planos para manter o legado do pai e se preparar para futuramente assumir parte do comando dos negócios deixados por ele e seu empenho em, ao lado das irmãs, levar adiante a campanha Gugu Vive que tem como foco conscientizar e incentivar um número cada vez maior de pessoas a se declararam doadores e famílias a autorizar esse processo no momento da morte de seus entes queridos.
RELEMBRE MOMENTOS DA ENTREVISTA:
“Minha família encarou a doação de órgãos como algo que aliviou a nossa dor. Meu pai faleceu de maneira muito precoce, ninguém esperava isso e essa campanha alivia a dor de toda a família. Ajuda bastante saber que com essa causa estaremos salvando a vida de mais pessoas.
“A doação de órgãos é o ato mais nobre que um ser humano pode fazer. Depois que você morre não vai usar seus órgãos para nada, e você pode salvar a vida de dezenas de pessoas. E acho muito importante as famílias respeitarem a decisão da pessoa em querer doar os órgãos e isso vai ajudar nesse processo de perda”.
“Quando ouço pessoas contanto que estão autorizando doar órgãos eu fico muito emocionado. O impacto que dá pra criar com a doação de órgãos é muito grande e muito forte.”
Coração do pai batendo em outro peito
“A minha avó Maria gostaria de conhecer a pessoa que recebeu o coração do meu pai. Ela queria sentir o coração do meu pai batendo mais uma vez. Eu tenho sim vontade de conhecer essa pessoa, ver como ela está, saber por que ela precisava de um coração… eu tenho a mesma vontade que a minha avó Maria”.
Não imaginava a grandiosidade do pai
“Quando eu era pequeno eu sabia que meu pai era famoso, mas nunca entendi muito bem isso. Eu via ele no palco, no shopping as pessoas queriam tirar fotos com ele. Eu nunca questionei, mas achava muito estranho”.
“Nunca soube da grandiosidade dele. Nunca pensei que a influência dele no público brasileira fosse tão grande. Não tinha ideia também era o lado empresarial dele. Após o falecimento dele, fui começar a entender e aprender mais sobre a história dele”.
Gugu não ostentava, nem gastava dinheiro à toa
“Ele controlava muito dinheiro, não gostava de ficar gastando à toa. Não gostava de ficar usando roupa de marca pra ficar aparecendo. Ele ficava na dele. Quando ele vinha aqui ele comprava roupa do Walmart pra ficar tranquilo em casa. Ele sempre foi, não vou dizer pão duro, mas ele gostava de controlar”.
Pressão x Dedicação
“Tem bastante pressão em mim. Meu pai foi uma pessoa tão importante, bem vista pelo público. E de vez em quando bate uma pressão em mim. Será que vou conseguir dar conta de tudo isso. Será que vou conseguir chegar aos pés do que meu pai foi? Tem todas essas pressões , mas meu foco é poder continuar o legado dele e saber administrar o que ele deixou pra mim”.
“Existe sim uma pressão dos fãs do meu pai, das pessoas que assistiam ele e falam ‘agora que o Gugu partiu, cadê o filho dele? Será que ele vai aparecer na televisão e tudo mais’”.
“Eu gosto bastante da área do empreendedorismo, é onde quero me focar, mas também estou fazendo comunicação. Eu não tenho certeza ainda, mas sei que no futuro eu vou participar da mídia. Minha vida sempre foi relacionada a mídia desde que eu nasci, e sei que vai continuar sendo. Por isso estou estudando comunicação também, para eu saber me comunicar com o público e poder trabalhar nessas duas áreas”.
Um simples desconhecido na universidade
“Meu pai sempre foi uma pessoa humilde e responsável. Sempre queria saber como estavam minhas notas e se preocupava muito com isso. Só depois que ele partiu eu fui aceito na faculdade, mas nunca pude falar pra ele. Nunca pude falar pra ele que estou focando nas áreas que ele se focou, que é comunicação e administração de empresas”.
“Na minha faculdade não há quase nenhum brasileiro, a maioria é americano e ninguém sabe quem eu sou. Estou ali para aprender”.
O dever de aproveitar as oportunidades
“Maior preocupação dele sobre a gente morar aqui nos Estados Unidos era a escola. Se eu não ia na escola e não estivesse doente, ele me ligava e falava ‘filho, você está aí nos Estados Unidos, estou pagando a escola, você tem uma oportunidade tão grande, vai pra escola”.
O Carinho da avó Maria
“A gente fazia a ceia de Natal na casa dele. Eram ceias super lindas, com mesas enfeitadas, era uma noite super mágica onde todo mundo se reunia e era muito legal. Depois que ele faleceu a gente voltou a fazer a ceia na casa da minha avó e não é a mesma coisa, obviamente, mas eu sento e converso com meus tios e minha avó, a gente relembra histórias do meu pai. É ótimo pra relembrar e aprender mais histórias do meu pai.
“Eu gosto de sentar ao lado da minha avó Maria, conversar com ela e dar atenção pra ela, porque ela realmente me vê como se meu pai estivesse ao lado dela”.
“A morte do meu pai foi algo tão estranho que ninguém imaginava. Tive que me deparar com a morte muito cedo, tive que aprender sobre a vida muito cedo. É tudo muito estranho. Parece que não é real ainda”.
“Quando chega na casa dele e não o vejo, ainda é muito estranho. Lidar com isso é algo que vai demorar muitos e muitos anos. Acho que nunca vai passar esse sentimento de estranheza de não ter ele aqui com a gente”.
Amor à primeira vista
“Já estou namorando faz um ano e quatro meses. Não tive oportunidade de mostrar minha namorada ao meu pai. Faz um ano que a gente está morando junto. A gente se conheceu e foi amor à primeira vista. Ela me faz bastante companhia, é bom ter a companhia dela aqui comigo.
Depois que meu pai partiu e eu me mudei para meu apartamento, eu iria ficar sozinho aqui, pois toda minha família está no Brasil. E eu agradeço a minha namorada pelo que ela está me ajudando nesses tempos difíceis. A gente se ama bastante”.
João contou ainda que é ele quem cozinha para a namorada: “Ela sabe cozinhar ovo e uns miojos. Sou eu quem cozinha aqui em casa”.
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