João do Vale é homenageado pelo Google

Se vivo estivesse, o cantor e compositor João do Vale completaria 88 anos nesta terça-feira, 11 de outubro. Por conta disso, o Google, através do Doodle, a forma do Google prestar sua homenagem e se posicionar diante de algum acontecimento marcante, reverencia o artista maranhense.

Nascido em Pedreiras, ele enfrentou o preconceito ainda na infância quando foi expulso da escola para dar lugar a um aluno de classe alta. Esse episódio pontuou sua maneira de enxergar o mundo e serviu de grande influência em seu trabalho.

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Para ajudar no sustento da família, João do Vale vendia laranjas em feiras da região. Mas já aos 13 anos, compunha músicas para um grupo musical.

Eles montaram peças que retratavam a cultura maranhense por meio de teatro, dança e letras. Embora tenha ajudado a impulsionar sua paixão lírica, não havia retorno financeiro.

JOÃO DO VALE SE TORNOU REFERÊNCIA

Disposto a mudar sua história, João do Vale viajou para o Rio de Janeiro e assumiu trabalhos braçais como mineração de carvão, pedreiro e construção civil. Em maio a essas funções, ele visitava outras grandes cidades para compartilhar suas melodias e poesias.

Influenciado por experiências pessoais e gêneros musicais nordestinos como o baião, Vale escreveu canções sobre pobreza e cultura popular.

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No início dos anos 1950, ele teve a oportunidade de apresentar sua criação de ritmos dançantes na Rádio Nacional. Por não saber escrever, João teve que memorizar todo o seu trabalho para apresentar suas peças.

Seus baiões chamaram a atenção dos apresentadores e produtores e sua carreira musical decolou. Em 1964, João do Vale se apresentava em showrooms que destacavam os ritmos nordestinos para a classe trabalhadora do sul do Brasil.

Ele escreveu vários sucessos musicais, criou dois álbuns solo e compôs músicas que popularizaram muitos grandes nomes da indústria. Ele continuou a criar e compartilhar músicas enraizadas em sua cultura até sua morte em 1996, aos 62 anos.

No Centro Histórico de São Luís, capital do Maranhão, há um teatro com o nome dele e em Pedreiras, sua cidade natal, há um memorial em reverência ao artista.

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