João Kleber se recupera de uma plástica e fala da boa vida que leva em Portugal
Por Redação - 04/10/06 às 12:58
Aqui ele recebia críticas pesadas por parte da imprensa, que classificavam de trash o formato de seus programas na RedeTV! Em Portugal, onde vive há quase dois anos, João Kleber afirma manter a pecha de polêmico, mas ser bem mais respeitado. Lá, apresenta nas noites de sexta-feira na TVI, o Fiel ou Infiel, uma adaptação do seu polêmico Teste de Fidelidade. João está no Brasil há cerca de duas semanas. Veio para o casamento do ex-patrão, Amílcare Dallevo, dono da RedeTV!.
Aproveitando a estada, submeteu-se a algumas cirurgias plásticas, das quais se recupera para retornar à Portugal no dia 24 próximo. Em conversa com a reportagem de OFuxico, o apresentador fala de sua vida em Lisboa, onde mora com a mulher, Wânya Guerreiro, em um belíssimo apartamento que comprou, no bairro de Chiado, centro histórico da cidade – privilégio adquirido com o gordo salário que recebe
OFuxico: O que lhe trouxe ao Brasil?
João Kleber: Vim pro casamento do Amílcare (Dallevo), que mandou convite lá em Portugal. Fiquei muito feliz, pois foi um reconhecimento, afinal, inaugurei a RedeTV!, onde fiquei por muitos anos e dando ótima audiência.
OF: E as cirurgias plásticas que acabou fazendo por aqui?
JK: Aproveitei e procurei meu médico, o Dr. Marcos Vinícius, com quem operei há três anos. Daí, fiz uma pequena lipoaspiração nos pneuzinhos, tirei pele da pálpebra e também daquela bolsa embaixo dos olhos. Ainda estou me recuperando…
OF: E como vai o seu programa na TVI?
JK: A estrutura de televisão lá em Portugal é muito boa. O Fiel ou Infiel já está no ar há um ano e nove meses, sendo líder de audiência, com 73% de share. A emissora concorrente, a SIC, colocou a novela Bang Bang (importada da Globo) no meu horário, que é meia-noite, e ela deu 23% de share.
OF: E onde mais seu programa é exibido lá fora?
JK: O Fiel ou Infiel português já passa em Angola e na Inglaterra. A Rússia comprou o formato e fez a adaptação e, em breve, devo fechar com a Itália.
OF: E os shows de humor que o lançaram na carreira artística, você prepara uma volta?
JK: Sim, vou fazer uma temporada em Portugal, do espetáculo João Kleber Show. Nele, resgato o velho humor do João Kleber, contando piadas do cotidiano, fazendo imitações e vivendo personagens, como o Dagoberto, que é um brasileiro trambiqueiro que vende falsos pacotes turísticos para os portugueses irem ao nordeste do Brasil. A turnê começa em dezembro e janeiro pelo Norte de Portugal, em cidades como Boa Vista, Porto e Coimbra e, por fim, Lisboa.
OF: Você trocou o hotel onde morava por um apartamento próprio, em Lisboa?
JK: Comprei um apartamento do século 17, no centro histórico de Lisboa. A fachada antiga precisa ser conservada, pois as construções por lá são tombadas, mas o interior, todo reformado, é moderníssimo. Para que se tenha idéia, existem recursos tecnológicos como cortinas movidas com controle-remoto, refrigeração interna e tudo o mais da modernidade hi-tech. E todos os eletrodomésticos são de última geração.
OF: Você comprou à vista?
JK: Não, comprei financiado pelo Banco de Portugal. Como adquiri cidadania portuguesa, tenho direito a esse benefício, como qualquer português.
OF: E seus apartamentos aqui no Brasil?
JK: O da Bela Cintra, em São Paulo, (onde houve o assalto há cerca de um ano), eu mantenho com a Maria (empregada). Serve para que eu fique, sempre que venho ao Brasil, de três em três meses. Após o assalto, a segurança foi toda reforçada. Já o outro que tenho em São Paulo, estou vendendo.
OF: Sua mulher, Wânya, se adaptou a Portugal?
JK: Completamente, ela adora Portugal e até já está trabalhando comigo, introduzindo merchandising no meu programa, o que não tinha antes por ser proibido, mas agora isso já mudou. Os merchans devem entrar no meu programa em dezembro.
OF: E como é a estrutura de trabalho na TV portuguesa?
JK: A filosofia lá é a seguinte: os canais não produzem os programas que exibem. As produtoras são contratadas para isso. Eu sou artista contratado da TVI, mas toda a produção é terceirizada. Assim, as produtoras e seus profissionais se empenham ao máximo para fazer um ótimo trabalho para que seus serviços sejam mantidos. Sendo assim, os profissionais são bem competentes para não perderem seus empregos. A tevê brasileira é paternalista. Se um produtor ou um diretor não tem um bom desempenho num determinado programa, a emissora o remaneja para outro, ou um canal concorrente o leva. Assim, os profissionais não se empenham, pois dificilmente perdem seus empregos.
OF: Você acha que foi marginalizado no Brasil?
JK: Pela imprensa sim, mas nunca pelo público, que sempre me respeitou, não. No Brasil se mistura muito o profissional com o que ele faz na tevê, não sabem separar. Em Portugal, a imprensa e o público avaliam o meu trabalho como uma diversão e sou muito respeitado como profissional. Mas o público brasileiro nunca me desrespeitou, sempre que venho aqui, me festeja, pergunta quando eu volto a fazer televisão, o que me deixa muito feliz.
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