Jorge Vercillo: ‘A política, é muito arcaica no Brasil’

Jorge Luiz Sant´anna Vercillo, ou, como o público conhece, Jorge Vercillo, está comemorando seus 25 anos de carreira, com 15 álbuns lançados, prêmios, e sucessos que conquistaram milhões de brasileiros.

 

O cantor, compositor, e músico carioca tem emplacado sucessivos hits nacionais nas rádios e nas trilhas sonoras de novela desde os anos 90. Com sonoridade própria, sua identidade musical se diferencia e traz a mistura de MPB, Bossa Nova, Jazz, Samba, Pop.

 

Nesta sexta-feira (28), Vercillo desembarca na Tom Brasil, em São Paulo, com o show inspirado no seu novo álbum, que faz diálogo com vários estilos e universos bem diferentes dos percorridos por ele até hoje. Apresentando canções como Fantasias, samba gravado em parceria com o cantor Thiaguinho que já está tocando nas rádios, e Garra, música de unificação política gravada com Ronaldinho Gaúcho, ele entoa os sons de seu novo trabalho – e que dá nome ao espetáculo – Nas Minhas Mãos.
 

Antes de subir ao palco, Jorge Vercillo conversou com a reportagem de OFuxico, contando um pouco sobre a apresentação e também falando sobre o atual cenário político em nosso país.

 

Confira!

 

OFuxico – Conta pra gente um pouco sobre seu álbum novo?

Jorge Vercillo – Meu novo álbum se chamará Nas Minhas Mãos e deve ser lançado até o final do ano. Nele eu faço diálogo com vários estilos e universos bem diferentes dos percorridos por mim até hoje. 

 

OF – O que as pessoas vão poder curtir no teu show?

JV – Pode esperar um show de MPB com melodias delicadas e músicas falando de amor, de relacionamento, de natureza… Elaboramos um roteiro participativo, com surpresas, mas ao mesmo tempo com releituras de grandes sucessos para cantarmos e dançarmos juntos. Um show com cenário diferente e trazendo algumas músicas novas também. Além da participação do meu filho, Vini Vercillo que canta comigo uma música dele que eu gravei, chamada “Song 4 U”. A música ainda é inédita e será lançada no meu álbum novo.

 

OF –   Como vê o cenário musical no nosso país, nos dias de hoje?

JV – Atualmente está aparecendo muita gente nova, e isso é muito bom, essa renovação. Tem várias pessoas que eu gosto. Tem pessoas que lançam músicas que não são totalmente o meu estilo, mas eu sei que a pessoa tem potencial. Como por exemplo a Ludmilla, ela canta muito, a maioria das músicas dela que tocam nas rádios não são muito a minha praia, mas eu também já ouvi músicas que tocam, que são modernas e radiofônicas, muito boas. A Anitta a mesma coisa. Anitta tem um talento absurdo, ela navega não só no pop jovem, como no adulto também. Thiaguinho, é um cara do samba também, Pérecles, que eu gosto muito da riqueza melódica deles. Então eu gosto e dialógo… eu tenho até um projeto que visa dialogar com artistas de todos os ninchos, de todos os estilos e universos diferentes. Um deles agora é o Melim, um grupo novo e bem bacana, que eu parabenizo o trabalho, e parabenizo o público por estar ouvindo uma música de melodia mais rica, uma letra mais poética, mesmo que seja moderno, contemporâneo. Eu adoro musica jovem, inclusive faço música jovem. E sempre que vejo um artista jovem fazendo música de qualidade, eu acho que isso é uma vitória da boa música.   

 

OF – Tenho visto algumas mattrérias tuas com posicionamento sobre o momento político que enfrentamos. Pode nos falar um pouco sobre isso?