José Loreto acredita que Candinho é o papel de sua vida
Por Redação - 01/04/13 às 14:05
O peso de interpretar um personagem conceitual na tevê entusiasma José Loreto. Aos 29 anos, o ator encara seu papel atual, o aluado Candinho de Flor do Caribe, como uma oportunidade de mostrar um repertório variado de perfis que acreditar ter. Lançado em Malhação e com o currículo recheado de participações em folhetins, séries e especiais, tanto na Globo quanto na Record, Loreto viveu recentemente, na pele do galanteador Darkson em Avenida Brasil, um momento de grande destaque em sua carreira.
"O Candinho e o Darkson são completamente diferentes entre si. O que é incrível porque, quando um personagem faz sucesso com o público, a gente fica com medo de só ser escalado para papéis parecidos", compara, empolgado.
Na trama assinada por Walther Negrão, o ator da vida a um peculiar interiorano, quase um andarilho, que passa a maior parte de seu tempo circulando por diferentes ncleos da novela para vender o leite de sua fiel companheira, a cabra Ariana. Sem vaidade, com roupas simples, cabelos ao natural e zero de "sex appeal", Candinho encanta por sua inocência pueril. Além de se destacar como uma das apostas cômicas da produção. "Ele é tão complexo e ousado que o enxergo como meu passaporte para alcançar a estabilidade na Globo", confessa.
Perfil
O Fuxico: Seu personagem em Flor do Caribe tem referências muito claras ao universo do escritor Ariano Suassuna, quase uma mistura de Chicó com João Grilo, protagonistas de O Auto da Compadecida. Como foi a construção do personagem?
José Loreto: Ele é um homem com a alma infantil, então eu tentei assistir a muitos filmes que ressaltam esse universo. A versão cinematográfica de O Auto da Compadecida, por exemplo, vi inmeras vezes. Outros filmes que retratam o Nordeste também foram inspiração, como Amarelo Manga, até porque o meu núcleo em Flor do Caribe é o único com sotaque carregado e ouvir o tom usado nos longas me ajudou muito. Mas, de fato, passar um mês gravando na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, me colocou mais próximo do personagem.
OF: Como assim? Você teve um maior contato com o os moradores locais para desenvolver o Candinho?
JL: A temporada que a equipe passou no Nordeste foi essencial para entrar no clima de cidade praiana, conversar com as pessoas que realmente vivem lá e poder observar o modo de vida nordestino. Como o meu personagem gravava apenas uma ou duas vezes por semana, eu tinha muito tempo livre. Então, pedi para ajudar como assistente de direção, puxava cabo de câmara e até fiz o dublê do Donato (interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos) em uma cena em que ele dirigia um caminhão. Isso me integrou muito à equipe toda da novela.
OF: Desde sua estreia na tevê, em Malhação, você tem interpretado personagens bem-humorados. Qual é sua relação com a comédia?
JL: Eu acho que tenho uma veia para o humor. O meu primeiro contato com a interpretação foi em uma peça de teatro amadora do colégio, onde eu fiz uma comédia, e fazer o público gargalhar foi incrível. Por isso, acredito que tenho um "timing" natural para segurar personagens engraçados.
OF: Inclusive, o Darkson de Avenida Brasil chamou atenção através de sua comicidade. Você já esperava a grande repercussão que o personagem teve?
JL: Quando eu fiz o teste para a novela de João Emanuel Carneiro, percebi que Darkson era um personagem que tinha tudo para virar um sucesso. Mas o humor dele veio com naturalidade. Contracenar com o (Marcos) Caruso levantou muito o meu núcleo. Não tem como gravar uma cena mais ou menos com ele. A famosa "piscada de peitinho" do Darkson criamos juntos, durante um ensaio, e até hoje as pessoas me pedem para "piscar o peitinho" nas ruas.
OF: Antes de se formar em Artes Cênicas pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras, conceituado curso carioca –, você trabalhou no exterior como segurança de celebridades. Essa experiência no mundo artístico o incentivou, de certa forma, a se dedicar à interpretação?
JL: Nessa época, eu estudava Economia na PUC e não era o que eu queria da vida, mas minha família insistia em uma carreira mais estável que a de ator. Então, decidi ir para os Estados Unidos fazer um "work experience" para estudantes. Fui segurança de personalidade como Stevie Wonder, Gisele Bndchen e Leonardo DiCaprio. E, na hora de voltar para o Brasil, fiz uma chantagem emocional com a minha mãe: falei que estava procurando cursos de teatro por lá e que só voltaria se pudesse estudar Artes Cênicas aqui também. Então, ela topou.
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