José Rubens Chachá busca diretor para dois grandes projetos

Por - 06/11/12 às 11:01

Divulgação/TV Globo/Fabrício Mota

José Rubens Chachá não para. Ator, diretor e amante da cultura em geral nem bem entra numa novela ou minissérie e já ganha um personagem em outra. E não reclama disso, pois sabe que é o reconhecimento por seu trabalho.

Casado – e muito bem – com a professora de flamenco, Adriana Rabelo, ele se derrete ao falar dos filhos, principalmente do caçula, que nasceu durante temporada intensa de trabalho do ator, cujo trabalho mai recente na tevê foi no papel do dr Ezequiel, na novela Gabriela..

Em conversa com O Fuxico, Chachá falou sobre a família, sobre novos projetos e ainda fez uma revelação: busca um diretor dos bons para assumir junto com ele dois grandes projetos.

OFuxico – Como avalia seu trabalho como o Dr. Ezequiel em Gabriela?

José Rubens Chachá – Foi um trabalho incrível, de um homem que no livro não tinha tanta vida, mas na trama ganhou um grande destaque porque colocou um coronel, pela primeira vez, na cadeia. Ele estava à frente com isso. Foi trabalhoso, por conta de ser uma história de época, mas recompensante, pois tivemos um elenco, uma equipe, todos, muito afinados em trabalhar e fazer dar certo.

OF – Já tem novo trabalho para 2013?

JRC – Na TV não, mas estou ensaiando uma peça em São Paulo, chamada Divórcio, com Suzy Rego, Nathalia Rodrigues, texto do Frans Keppler e direcao do Otavio MArtins. Vamos estrear em janeiro, no Teatro Raul Cortez, em São Paulo.

OF – Não deu nem tempo de sentir saudades de Gabriela então?

JRC – Não deu não, já arranquei a barba e o bigode, estou com o rosto parecido com o do meu irmão mais novo (risos). Quando me vi em Gabriela, no último capítulo, nem me reconheci (risos).

OF – A estreia em São Paulo vai ser boa para a vida pessoal, não é?

JRC – Muito boa (risos). Sabe, emendei um trabalho no outro e, no meio do caminho, meu filho caçula, Rudah, nasceu. Ele hoje está com 5 anos e, vez ou outra cobrava minha presença perto dele. Ele perguntava: 'Pai, não tem Rede Globo em São Paulo' (risos).  Tudo por conta da minha maratona de morar em São Paulo e trabalhar no Rio. Nesse caminho, fiz O Astro, Escrito nas Estrelas, Ciranda de Pedra, Gabriela, não tive como respirar. Agora, Estou no paraíso (risos) saio para ensaiar, volto para casa, para ficar juntinho com ele e com minha mulher.

OF – Então agora está com tempo de sobra para ele, não é?

JRC – Estou sim, está bem bacana essa fase de poder levar e buscar na escola, ficar junto mesmo.

 OF – O que significa o nome dele?

JRC – É amor, em Tupi Guarani. E também é o nome do filho do Osvald de Andrade, um personagem maravilhoso que tive o grande prazer de interpretar quando fiz Um Só Coração, de Maria Adelaide Amaral. Digo que este foi o personagem da minha vida. É tipo um espírito que baixou em mim (risos). Fiquei tão apaixonado que conversei com minha atual esposa e batizamos o menino assim.

OF – Você tem mais filhos?

JRC – Tenho sim, do meu primeiro casamento. A mais velha, a Maite Chafferraux, tem 33 anos e é figurinista da Record. A Maira Chafferraux é atriz, tem 31 anos, fez o filme O Palhaço, com o Selton (Mello). E o Pablo Chafferraux tem 29 anos e é diretor de foto da RBS e várias outras emissoras no Rio Grande do Sul. Aliás, ele está tão envolvido por lá, que me deu uma cuia de chimarrão de presente de dia dos pais (risos).

OF – Alguma novela ou minissérie para o ano que vem?

JRC – Olha, tenho uma novela ainda apalavrada (risos). Quando terminava de gravar Gabriela, fui sondado, vamos ver. Seria um trabalho para o ano que vem. Talvez uma minissérie. Torço para ser algo com MAria Adelaide Amaral de novo. Afinal, quando fiz o Osvald (de Andrade), foi ela quem me deu ele de presente. Fiquei tão apaixonado por ele (risos), que já o fiz mais duas vezes no teatro e depois mais duas vezes no cinema. Ele é encantador. Por coincidência, soube que ela fará uma minissérie no ano que vem. Quem sabe? (risos)

OF – Agora intercala com o teatro?

JRC – O ator precisa do palco. Há dois anos estou sem pisar em um palco. A gente tem que trabalhar o corpo inteiro. Na TV a gente trabalha com close, com meio corpo (risos).

OF – Sua esposa, a Adriana Rabelo, é nome bem conhecido no meio da dança flamenca.

JRC – É a melhor professora de flamenco do Brasil (orgulha-se). Tem um estúdio de dança em Moema (SP). Ela parece hipnotizar com seu trabalho. Juntos, estamos preparando um trabalho sobre Camaron de Isla, cantor fantástico que morreu anos atrás. Estamos montando um espetáculo onde escrevo e co-dirijo. Para o ano que vem isso.

OF – Ano que vem vai ser de bastante trabalho novamente, não é?

JRC – Ano que vem quero voltar com minha bateria carregada. Vou aproveitar minha casa aqui no Campo Belo, que tem árvore, plantas, um lugar abençoado.

OF – Mas além da peça que está ensaiando e da novela "apalavrada" tem algo mais?

JRC – Tem sim! Vou batalhar por meus dois grandes projetos. Aproveitando, alou grandes diretores que lêem O Fuxico! estou precisando de alguém para dirigir estes projetos (risos).

OF – Quais são eles?

JRC – O roteiro e o projeto são meus. São dois, já aprovados, e estou buscando um diretor e um produtor. Quero focar nisso. Não sou diretor, então, fica difícil botar pra frente, até porque, ainda não tive tempo para isso. Um deles é um infantil, chamado A Lenda do Pui, peça premiadíssima que adaptei para o cinema e já foi aprovado para o público infantil, fala sobre os índios, a preservação da natureza, o contato do índio com o branco. O outro, adulta, chama-se Vodu Delivery (risos), uma comédia urbana toda rodada em São Paulo.

OF – José Rubens Chachá tem alguma página de relacionamento na net?

JRC – De jeito nenhum (risos). Não tenho nada contra, mas não acho graça, prefiro escrever email, fica mais legal (risos).

José Rubens Chachá participa de programa infantil

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