Joseph Gordon-Levitt já não escolhe projetos pelo dinheiro

Por - 04/07/20 às 13:00

Reprodução/Instagram

Joseph Gordon-Levitt confessou que prefere trabalhar em filmes pequenos do que nos grandes filmes de Hollywood. O ator de 39 anos acha que está em uma posição privilegiada na indústria do cinema, tendo encontrado fama e sucesso ainda na juventude, e acha que foi graças ao seu papel na extinta série 3rd Rock from the Sun (1996 a 2001).

Gordon-Levitt – que estrelou em filmes como 10 Coisas que eu Odeio em Você, Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge e Lincoln – disse ao jornal Sunday Times:

"Eu sempre gostei dos filmes pequenos. Sou reconhecido por grandes filmes, mas sempre gostei de variar, e talvez seja por isso que eu tenha criado uma marca, talvez? Tenho sorte de ter estado em uma sitcom nos anos 1990 e ter conseguido ganhar dinheiro. Desde então eu tenho o extraordinário privilégio de não deixar que o dinheiro tome as minhas decisões", afirmou.

Joseph se referiu também a pandemia, e como adora ir ao cinema, admitiu que sabe que a indústria cinematográfica está mudando em meio a crise atual de saúde pelo coronavírus.

"Eu amo o cinema. Amo a experiência social de assistir filmes. Em casa você luta contra a tentação de mexer no celular. Então eu valorizo o cinema. Mas a verdade é que o cinema teve o auge em 1940. O cinema vem caindo desde então, e é a ordem natural das coisas. Junto ao cinema, ficamos de luto pelo teatro, mas vale a pena abraçar o futuro. A tecnologia vem mudando com o tempo e as pessoas se expressam. Eu vou ficar de luto pelas pessoas indo ao cinema após a pandemia? Sim. Eu acho que é assim", justifica.

Embora as novas medidas de segurança pode continuar levando as pessoas ao cinema, o ator acha que tudo será diferente daqui por diante.

Livro de autoajuda

Joseph Gordon-Levitt lançou no começo do ano o livro de autoajuda The Art of Breaking Up, onde trata de ajudar as pessoas que como ele, já passaram pela 'dor física' de uma separação, do fim de um relacionamento.

O ator de 38 anos contou em uma recente entrevista que ficou 'fisicamente com dor' após um término.

Atualmente, casado com a empresária Tasha McCauley, com quem tem dois filhos, falou sobre um momento difícil que experimentou sobre o fim de um relacionamento, e disse que o processo fez com que ele 'se odiasse' ao ponto de desejar estar morto.

Ele conta no livro: "Eu me odiei. Não odiava ela. Eu sentia falta dela. Estava com raiva dela. Estava muito apaixonado por ela. E ela estava loucamente apaixonada por mim também. Não, ela não estava mais. Mas esteve em algum momento", justifica.

"Eu sentia dor física todos os dias. Meu corpo doía. Eu acordava e desejava não ter acordado. Eu queria estar inconsciente. Eu queria quebrar as coisas. Ou eu queria me quebrar".

Joseph disse que ficou julgando quando a mulher o deixou, e apesar do término tê-lo machucado bastante, isso o ensinou a mudar sua vida.

Escrevendo em seu novo livro, The Art of Breaking Up, ele explicou: "O paradoxo engraçado é que se eu não julgasse tanto, talvez ela não teria me deixado. Mas se ela não tivesse me deixado, talvez eu não teria aprendido a parar de julgar tanto".

O livro do ator de A Origem foi criado com sua comunidade online de artistas HITRECORD, e ele se juntou para coletar suas memórias, que foram descritas como 'tudo sobre términos, das perspectivas de quem terminou e da outra parte'.

Falando sobre a inspiração para o livro, Joseph disse: "A vida pode ser dolorosa, especialmente a vida amorosa. Sei disso por experiência própria. Felizmente estou muito feliz no meu casamento agora, mas certamente me lembro de quando o amor e o romance eram uma parte turbulenta da minha vida. De verdade, o maior jeito de eu lidar com isso era escrever uma história, cantar, ou gravar um vídeo. A criatividade cura, especialmente quando você não está sendo criativo sozinho".

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