Julgamento: Anestesista diz que pacientes normais têm medo do Propofol

Na tarde desta quarta-feira (19), o julgamento de Conrad Murray, acusado da morte de Michael Jackson foi retomado. Os jurados ouviram, Steven Shafer, um dos maiores especialistas em Propofol, poderoso anestésico de uso controlado.

O Propofol normalmente é usado para sedar pacientes antes de cirurgias, e não como sonífero. O médico Steven Shafer, considerado um dos principais pesquisadores do propofol, disse que por causa desse incidente o anestésico passou a ser visto com desconfiança por todos. Segundo ele, trata-se de um "medicamento excepcional".

Os promotores afirmam que Conrad Murray ignorou os avisos ao dar o anestésico para combater a insônia de Michael Jackson. Shafer disse aos jurados que quer restaurar a confiança pública no medicamento e nos médicos.

"Eu sou perguntado todos os dias na sala de cirurgia: 'Você vai me dar o remédio que matou Michael Jackson?’. Este é um medo que os pacientes não precisam ter", disse Shafer, explicando que o medicamento é seguro se usado em condições corretas.

Shafer ainda disse ao júri, assim como testemunhas anteriores, que Conrad Murray foi um pouco “negligente”, com relação à segurança em utilizar o Propofol. afirma que é preciso documentar todo o processo, e anotar cada etapa da medicação a cada 5 minutos. O anestesista ainda diz que é necessário estar preocupado com o bem-estar do paciente em todos os momentos.

Steven Shafer é a última testemunha de acusação a depor. A Defesa deve começar a chamar suas testemunhas na próxima sexta-feira (21).

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