Julgamento: As últimas palavras de Michael Jackson e as lágrimas do Dr. Murray
Por Redação - 27/09/11 às 23:08
Terça-feira, 27 de setembro. Um balanço do primeiro dia do julgamento pela morte de Michael Jackson indica que a audiência superou as expectativas. O acontecimento se transformou em um show da mídia, com direito a transmissão ao vivo.
A audiência foi marcada por um clima de tensão, insultos ao acusado, a foto chocante do corpo do cantor na cama do hospital, e até as não convincentes lágrimas do réu, acusado de homicídio culposo.
Em especial, dois momentos dramáticos marcaram o primeiro dia de julgamento do médico acusado de homicídio culposo: a foto de Michael Jackson morto, numa maca do hospital da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA); e a gravação de uma conversa por telefone entre o astro pop e seu médico. O áudio mostra cantor num momento muito confuso e aumenta as possibilidades de condenação do médico.
Depois de ouvir a sua voz, ficou claro que o Rei do Pop não estava nada bem. Gravada em 10 de maio de 2009 por seu médico, Conrad Murray através do Ipod, a conversa foi divulgada pelo promotor David Walgren.
"Temos de ser fenomenais. Quando as pessoas deixam esse show, quando as pessoas deixam o meu show, quero dizer, 'Eu nunca vi nada assim na minha vida", de acordo com um vídeo que mostrado pela acusação, estas foram as últimas palavras registradas de Michael Jackson, um mês e meio antes de sua morte.
O Rei do Pop se referia ao impacto que seria causado ela turnê que iria estrear em Londres e marcaria seu retorno aos palcos. As palavras revelam o que Michael Jackson esperava reconhecimento por parte do público e a possibilidade de dar continuidade de seu trabalho humanitário.
"Eles dizem que eu sou o melhor artista do mundo. Vou cobrar esse dinheiro, um milhão de crianças, um hospital infantil, a maior do mundo, o Michael Jackson hospital infantil", diz o astro na gravação.
De acordo com o promotor, depois de ouvir e gravar a voz de seu paciente, que se encontrava num nítido estado de deterioração, Murray continuou a fornecer-lhe propofol. Isso comprova, portanto, que ele cometeu uma "negligência grosseira" equivalente a homicídio culposo.
O promotor também acusou Murray de abandono dizendo: "Ele colocou sua vida nas mãos de Murray e a confiança no lugar errado o matou"
Lágrimas Previsíveis
A defesa fundamentou sua tese alegando que o Rei do Pop provocou sua própria morte, pois se automedicava:
"Ele estava frustrado por Murray não lhe dar o remédio favorito e fez algo sem o conhecimento do seu médico"
Dr. Conrad Murray começou a chorar quando ouviu seu advogado, Ed Chernoff, falando da amizade que o ligava ao cantor.
O julgamento continua nesta quarta-feira, (28). Ao final do primeiro dia de audiência, o juiz Michael E. Pastor pediu aos jurados não visitarem locais que possam estar ligados ao caso, não comentarem o caso em redes sociais, nem com qualquer outra pessoa.
Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009. O julgamento segue e pode durar até cinco semanas.
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