Julgamento de P. Diddy expõe décadas de escândalos e abuso: o que esperar?

Por - 05/05/2025 - 11:15

P. DiddyP. Diddy / Instagram/@diddy

O julgamento de P. Diddy começou oficialmente em Nova York nesta segunda-feira, 5 de maio, e promete agitar o mundo das celebridades e da música. A seleção do júri, fase inicial do processo, pode se estender por vários dias, enquanto a expectativa cresce sobre o destino do empresário e rapper.

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Combs é acusado de usar sua posição de poder e os recursos de seu império para abusar sexualmente de mulheres ao longo de mais de duas décadas. Entre as acusações, estão tráfico sexual, conspiração de extorsão e prática de violência física.

Acusações graves cercam o julgamento de Combs

No documento de 17 páginas apresentado pelos promotores, o julgamento de Sean “Diddy” Combs se concentra em um padrão repetitivo de abuso. O artista, junto com membros de sua comitiva e funcionários, teria manipulado vítimas para participarem de “Freak Offs” — encontros movidos a drogas e sexo, conforme relatos oficiais.

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Além disso, a acusação revela que, para manter as vítimas sob controle, Combs prometia impulsionar carreiras musicais em troca de favores sexuais. Quando as mulheres resistiam, a situação mudava drasticamente, envolvendo episódios de violência brutal, sequestros e até incêndios criminosos.

Um dos casos mais chocantes por exemplo, destaca uma vítima que, segundo as investigações, ficou pendurada em uma sacada por Combs durante um surto de raiva. Essa série de episódios reforça a tese de que o cantor teria operado como o chefe de uma organização criminosa.

Apesar da gravidade dos relatos, os advogados do artista alegam que qualquer interação sexual foi consensual e que o empresário nunca forçou ninguém a participar de atividades contra a própria vontade.

Histórico de controvérsias pesa contra P. Diddy

O julgamento de Sean “Diddy” Combs é apenas o capítulo mais grave em um histórico repleto de incidentes legais. Em 1999, o rapper acabou acusado de invadir o escritório de um executivo da Interscope Records, resultando em agressões físicas. Ainda naquele ano, ficou detido após uma troca de tiros em uma boate de Nova York, escapando da condenação no tribunal.

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Em 2015, Combs se envolveu em outro escândalo, acusado de agredir um técnico esportivo na Universidade da Califórnia. Contudo, apesar da gravidade do incidente, o caso acabou arquivado, com a alegação de legítima defesa.

Mais recentemente, imagens de 2016 capturaram o rapper agredindo sua ex-namorada Cassie em um hotel, episódio que provavelmente será crucial no novo processo. Cassie ainda entrou com uma ação judicial no final de 2023, acusando P. Diddy de abuso contínuo.

O advogado Marc Agnifilo, que defende o empresário, admite entretanto que seu cliente “não era uma pessoa perfeita”, mencionando o uso de drogas e relacionamentos tumultuados. Porém, insiste que todas as relações foram consentidas.

O julgamento, que deve durar pelo menos oito semanas, pode determinar o futuro de Combs. Se for condenado, o rapper poderá enfrentar décadas atrás das grades, manchando de vez seu legado no mundo da música.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino