Julgamento: Sentença de Conrad Murray deve sair nesta sexta-feira

O julgamento contra o cardiologista Conrad Murray, acusado de homicídio culposo pela morte do cantor Michael Jackson, está próximo de seu final, já que todas as testemunhas prestaram depoimento e o veredicto deve ser decidido nesta sexta-feira (4).

A promotoria, liderada por David Walgren, pediu aos 12 membros do júri que condenem o médico de 58 anos para "fazer justiça" sobre o ocorrido ao Rei do Pop, que, segundo a acusação, confiou em Murray para cuidar de sua saúde e acabou pagando com a própria vida.

Walgren ainda disse que as provas apresentadas durante o julgamento comprovaram que Murray causou a morte do cantor em sua mansão, onde não tinha equipamento para reanimá-lo em caso de complicações.

"Conrad Murray realizou um experimento farmacológico com Michael Jackson", disse Walgren, que lembrou que o remédio não era indicado para problemas de sono e acusou o cardiologista de ter falhado no momento dos primeiros socorros, no que chamou falta de ética.

Porém, a tese da defesa reconheceu equívocos do médico, mas buscou classificá-los como falhas de procedimento, evitando assim a tipificação de crime. Durante as audiências, a defesa enfatizou que o cantor era viciado em sedativos e usava com frequência propofol.

O advogado de Murray, Ed Chernoff, ainda disse que a promotoria não conseguiu, através do julgamento, provar que o médico era culpado. "Não negamos que o médico Conrad Murray tenha cometido erros, mas este deveria ser um julgamento civil, não criminal. Há um grande desejo de tachar Murray como o perfeito vilão e Michael Jackson como a perfeita vítima, como num programa de televisão, mas isso não existe", disse.

Caso o júri considere Dr. Conrad Murray culpado, o médico pode enfrentar uma sentença de até quatro anos de prisão, além de perder sua licença médica.

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