Julia Fajardo revela que rotina dos pais a fez atriz

Por - 20/01/13 às 16:03

Luiza Dantas/CZN

Desde os 13 anos nos palcos, Julia Fajardo, agora com 28, alcança a segurança necessária para interpretar Adriana, sua personagem em Balacobaco, da Record.

"Quando comecei na CAL, Casa das Artes de Laranjeiras, eu era muito, muito tímida", admite.

Apesar da vergonha que sentia de estar diante de uma plateia, ser atriz sempre esteve na cabeça de Julia. Filha de José Mayer e Vera Fajardo, era figurinha fácil nas coxias dos teatros e bastidores de novelas.

"Não foi uma influência direta, eu acabei me apaixonando", revela. Julia ainda diz não se importar se vão rotulá-la por ter pais famosos.

"Se começar a me ligar nisso, fico louca e jogo tudo para o alto", brinca.

Após uma pequena participação em Páginas da Vida, em 2006, na Globo, a atriz continuou estudando e, em 2010, foi para a Record participar da Oficina de Atores. Com o fim das aulas, foi escalada para interpretar Tamar, de Rei Davi, e assinou um contrato com a emissora até 2013.

Para encarnar Adriana, Julia revela que se inspirou em amigos que conheceu quando mais jovem que gostavam de baladas e música eletrônica. No entanto, para atuar como filha de José Mayer na peça Um Violinista no Telhado, foi complicado não se inspirar na relação de pai e filha existente no palco.

"Tentávamos não misturar, mas era difícil segurar a emoção", conta ela, que voltará a atuar em família e fará uma peça com sua mãe.

Vera Fajardo irá dirigir Julia em O Tempo e Os Conways, que estreia em abril.

"É um clássico da dramaturgia inglesa que fala sobre família de uma forma que fica impossível não se identificar", adianta. 

Perfil:

Nome: Julia Fajardo Arajo

Nascimento: 14 de junho de 1984, no Rio de Janeiro.

Primeiro trabalho na tevê: Na minissérie Rei Davi, de Vivian de Oliveira, em 2012.

Atuação inesquecível: Tamar, da minissérie Rei Davi.

Interpretação memorável:  Marília Pêra, na peça Mademoiselle Chanel.

Momento marcante: Minha primeira peça profissional depois de formada na CAL, A Canção Brasileira.

O que gosta de assistir: Tapas & Beijos, humorístico da Globo.

O que falta na televisão:  Faltam minisséries de qualidade.

O que sobra na televisão: Reality shows' insuportáveis.  

Se não fosse ator, o que seria: Veterinária.

Humorista: O eterno Chico Anysio.

Novela preferida: A Favorita, de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo entre 2008 e 2009.

Cena inesquecível: A cena em que o público descobriu que Flora era a verdadeira vilã em A Favorita. Foi essa que me viciou na novela.

Vilão mais marcante: Nazaré Tedesco, de Renata Sorrah, em Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva.

Personagem mais difícil de compor: O que eu estou ensaiando agora na peça O Tempo e Os Conways.

Papel com mais retorno do público: Tamar, de Rei Davi.

Melhor bordão da televisão:  Oh chente my god!, da personagem Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque, interpretada por Eva Wilma, na novela A Indomada, em 1997.

Que papel gostaria de representar: Mrs Lovett, do musical Sweeney Todd.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Com Brad Pitt, um amor de adolescência.

Com quem gostaria de contracenar: Fernanda Torres.

Filme: Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar.

Autor: Gosto do Anton Tchekhov e do J.B. Priestley, que é autor da peça que estou ensaiando agora.

Diretor: Alfred Hitchcock

Vexame: Comprei o mesmo presente para uma grande amiga dois anos seguidos.

Um medo: De altura.

Projeto: O que estou fazendo agora!.

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