Juliana Boller acha a tevê ‘fútil e banal’

Juliana Boller é uma atriz que não gosta de ver tevê. "O problema dos programas é que todos são muito banais e superficiais", justifica a intérprete de Mara de José do Egito.

Ela aproveita para ressaltar que acredita que a minissérie bíblica da Record promove uma reflexão sobre os costumes antigos.

"O que me dá orgulho no projeto é que não é apenas entretenimento", complementa.

Para dar vida a Mara, interpretada na primeira fase da trama por Bia Braga, Juliana teve de se interar sobre os hábitos dos povos nômades.

"Aprendi desde tosar a ovelha até fazer lã", conta, ressaltando a importância dos workshops promovidos pela emissora.

Para dar mais credibilidade à personagem, a atriz teve de tingir de preto o cabelo, naturalmente louro, e colocar um mega hair.

"O cabelão e as roupas eram essenciais para entrar na personagem", admite.

Determinada a ser atriz desde pequena, Juliana saiu cedo de casa para estudar teatro. Natural de Petrópolis, na Região Serrana Fluminense, a atriz ia para o Rio de Janeiro uma vez por semana para ter aulas no Tablado, renomado curso.

"Como tinha apenas 13 anos, ia e voltava no mesmo dia para não atrapalhar a escola", lembra, aos risos.

Tanto empenho garantiu um lugar na Oficina de Atores da Globo, que a levou para a temporada de 2006 de Malhação, seu primeiro trabalho na tevê. Além de atuar na minissérie, Juliana ainda se divide entre duas outras funções: cursa a faculdade de Artes Cênicas e cuida da Coletivo Consciente, uma produtora que tem junto com amigos.

"É uma oportunidade que damos a nós mesmos de escrever, atuar e produzir os nossos projetos", explica.

Com tantas atividades, a atriz admite que é difícil encontrar um tempo livre.

"E quando eu tenho, não gosto de fazer nada", confessa.   

Perfil:
Nome: Juliana Abrahão Boller.

Nascimento: 4 de novembro de 1986, em Petrópolis.

Na tevê: Gosto de assistir a filmes. Sou cinéfila. Também adoro a série Modern Family e programas sobre viagens e natureza.

O que não assiste na tevê: Eu não gosto de televisão, na verdade. É muito mal utilizada. Acho que é fútil e banal.

Nas horas livres: O que me diverte é encontrar os amigos, beber um vinho, dar risada. Gosto também de ir a exposições.

Cinema: Sou fã dos filmes do Quentin Tarantino e do Pedro Almodóvar. Adoro animação também.

Livro: Gosto muito de ler poesia, como as de Manoel de Barros. Mas sou daquelas que leem cinco livros ao mesmo tempo.

Música: Gosto muito de música brasileira. Ultimamente, tenho ouvido muito jazz, Mas sou muito eclética.

Prato predileto: Arroz, feijão e farofa.

Pior presente: Quem dá ovada de presente de aniversário? Eu recebi muita. 

O melhor do guarda-roupa: Vestido. Você coloca uma peça só e já está pronta.

Perfume: Uso um aroma de flor de cerejeira que nem chega a ser um perfume.

Mulher bonita: Charlize Theron.

Homem bonito: Johnny Depp. Ele não é só bonito, ele é charmoso… Tem um 'borogodó'.

Cantor: Chico Buarque.

Cantora: Billie Holiday.

Ator: Sean Penn.

Atriz: Meryl Streep.

Escritor: Pablo Neruda.

Animal de estimação: Cachorro. Mas já tive muito bicho… Até rã albina e tartaruga. 

Arma de Sedução: Os olhos.

Melhor viagem: Para o deserto do Atacama, no Chile, durante as gravações de José do Egito.

Melhor notícia: Acho que ainda não recebi, vai ser quando eu souber que estou grávida.

Gula: Doce.

Inveja: De quem é assíduo nos exercícios físicos.

Ira: A política brasileira.

Luxria: Segredo.

Cobiça: Não faz parte do meu dia a dia.

Preguiça: Minha cama.

Vaidade: Para mim, é sentir medo. Não posso me dar ao luxo de sentir medo.

Mania: Não consigo dormir sem ler antes. E também tenho mania de organização, não aguento com bagunça.

Filosofia de vida: Na verdade, são duas: fazer o que eu gosto, o que me dá prazer e cuidar da alimentação. É importante que seja uma filosofia. Não por estética, mas por qualidade de vida.

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