Juliana Paes diz que sofreu bullying na infância: “Eu era muito zoiuda”

Juliana Paes é considerada uma das mulheres mais bonitas do Brasil, mas ela não se acha tanto assim. Com seu jeito bem simples, a atriz confessa que quando era criança e adolescente sofria bullying e não gostava de seus olhos grandes – hoje a sua marca registrada. Ela ainda afirma que ganhava apelidos pela aparência exótica.

“Eu não era uma criança bonita, era muito zoiuda. Eu já tinha esses mesmos olhos quando era pequena. Naquela época não tinha esse nome, mas sofria bullying. Brincavam muito comigo na escola, eu tinha apelidos… Na época da adolescência, eu não me achava a menina mais bonita da escola.”

A atriz fala que usava alguns truques para disfarçar os olhos grandes. Ela admite que isso a incomodava.

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“Eu sempre disfarçava colocando lápis preto. Eu vejo fotos da minha adolescência que eu pareço mais velha do que sou agora. Eu não me permitia, achava que tinha de disfarçar de alguma forma… Era algo que eu não gostava em mim.”

A gata confessa que só começou a se achar mesmo bonita quando foi amadurecendo com o tempo e passou a admirar seus traços singulares.

“Foi em um determinado momento, que faz parte deste amadurecimento de virar mulher, que eu comecei a gostar de mim assim: com tudo aquilo que as pessoas diziam que não era tão bonito. Meu cabelo sempre foi muito rebelde e sempre tem aquele dia que a gente se olha no espelho e se acha bonita sem maquiagem. Se permite sair de casa, sem grandes artifícios, com o cabelo encaracolado, selvagem, com meus olhões… Esta foi uma transformação que eu sofri com o amadurecimento. Comecei a gostar do jeito que eu era. Não me acho uma mulher de beleza perfeita. Me acho uma mulher de traços exóticos. Às vezes esta diferença é que faz a diferença.”

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Hoje em dia, Juliana acrescenta que sofreu uma outra transformação com a maternidade. Ela, que é mãe de Pedro, de um ano e quatro meses, acredita que se tornou uma pessoa mais segura e aprendeu que falar de vez em quando não era algo ruim.

“Esta não é nenhuma crítica às mulheres que não querem ter filhos. Depois que fui mãe, fiquei mais corajosa, abusada, porreta. De alguma forma, olho para o meu filho e penso ‘se eu fui capaz de fazer essa coisinha linda, maravilhosa, sou capaz de tudo’. Sempre tive uma dificuldade de dizer não, então as pessoas me chamavam para ir a algum lugar e eu dava algum jeito. Eu acabava me desagradando para agradar outras pessoas e ser solícita.”

A gata ainda discursa que seu filho Pedro a deixou mais poderosa e prefere muito mais ficar em casa do que sair para se divertir.

“E agora, como mãe, falo numa boa que não é porque prefiro ficar com meu filho, ou em casa sem fazer nada. Existe uma segurança ou um centro que o filho te dá que foi transformador para mim. Me sinto poderosa!”,conclui.