Juliana Paes: ‘O mesmo tanto que machuca é o que empurra a fazer melhor’
Por Redação - 16/12/19 às 11:00
Dia 15 de dezembro terá mais um grande significado na vida de Juliana Paes. Foi nessa data, há nove anos, que ela se tornou mãe pela primeira vez. E na mesma data, no domingo (15), ganhou pela primeira vez o Troféu Domingão – Melhores do Ano. Embora já tivesse sido indicada várias vezes, somente agora a atriz foi agraciada na categoria Melhor Atriz de Novela, na qual concorreu com Grazi Massafera e Alice Wegman.
Muito feliz, Juliana destacou o fato de ter sido indicada pelos colegas da emissora.
"Já é uma felicidade, obvio, estar aqui indicada pela turma da casa, tem um sabor especial. Todas as vezes que os atores são indicados, quem vota é a galera que trabalha com a gente, isso tem um significado que não é só o trabalho que você faz diante das câmeras, mas é o seu trabalho e a sua conduta por trás das câmeras, que te trazem até aqui também. É uma lisonja muito grande quando a gente é indicado, e quando você ganha é como se fosse a cereja do bolo, sem querer fazer nenhum trocadilho".
A atriz, que no palco agradeceu à equipe técnica, voltou a falar, muito emocionada, sobre todos que a ajudaram, ao conversar com a imprensa.
"É muita gratidão. Ao Walcyr, pela chance, por todas as vezes que ele disse que não conseguia pensar em mais ninguém pra fazer a Maria da Paz, à Amora, que me deu coragem pra ousar, todas aquelas loucuras de Maria da Paz nos momentos mais efusiva foi tudo muito estimulado por Amora. Ela é uma força no set, que impulsiona a gente. Sempre agradeço a todo mundo porque, não é demagogia, mas às vezes quando você está muito cansado, Maria da Paz me tomou muita energia, passei muitas horas da minha vida muito mais aqui do que em casa, então muitas das vezes é a camareira que fala 'vai, você vai aguentar!', às vezes é a pessoa que está fazendo seu cabelo e fala 'que cena linda você fez'. Eu agradeço muito aos câmeras, que muitas vezes nos lançam aquele olhar de aprovação, tipo 'vai, a cena está ficando boa, está dando certo'. Tudo isso resulta nesse troféu".
Juliana contou também que seu marido, Carlos Eduardo Baptista, fez um lindo afago quando ela saiu de casa rumo aos Estúdios Globo. Vale destacar que, durante a tarde, a família comemorou o aniversário de nove anos de seu primogênito, Pedro.
"O meu marido hoje me fez um discurso lindo. 'Não importa se você vai voltar pra casa com um prêmio na mão ou não. O seu prêmio é o resultado desse sucesso, o retorno e a repercussão que a personagem teve'. E hoje eu saí de casa com esse espírito mesmo. Isso aqui é realmente um complemento disso tudo", disse ela.
Juliana ressaltou que Maria da Paz ainda é muito presente em seu dia a dia.
"Eu ainda ando nas ruas e as pessoas pedem bolo, comentam sobre o fim da novela, esse rabo do cometa que fica, quanto mais tempo isso perdura, mais tempo a gente sente como a novela pegou e isso é um prêmio também. Deixar saudade é bom. Acho que a Maria da Paz foi a personagem mais parecida comigo, cuja trajetória mais se assemelha à minha. E parece contraditório, porque quanto mais a personagem se identifica com você, mais fica difícil, é perigoso, eu questionei se eu estava fazendo eu mesma. É um mingau na cabeça, mas isso também tem o lado bom. O que você entrega é a sua emoção mais genuína, então, se você consegue dosar o fato de não levar o personagem pra cama mas conseguir deixara tua dose de emoção, é maravilhoso", disse.
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Barreiras vencidas
Se hoje a atriz comemora seu triunfo, ela lembra que já teve que engolir muito sapo. E não foi nada fácil.
"Passa um filme na cabeça. Nessa profissão a gente tem que querer muito e apreender a lidar com a frustração. No começo de carreira já escutei algumas vezes: 'nossa, mas a Juliana, atriz?' Isso machuca a gente. Mas o mesmo tanto que machuca é o mesmo que nos empurra para fazer melhor, vencer, melhorar e manter a humildade de nunca estar pronta. Eu não me sinto pronta. Estou sempre me preocupando em estudar, fazer melhor, buscar alguma coisa fora, ter um coach, uma fono. Eu não faço esse trabalho sozinha, nunca", contou.
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A atriz, que em 2017, quando atuou como a Bibi Perigosa, protagonista de A Força do Querer, e perdeu o prêmio de Melhor Atriz para Paolla Oliveira, sua colega na trama, comentou sobre a personagem.
"Eu me sinto prestigiada, acho que as pessoas ainda lembram desse trabalho, daquele momento, tudo veio se acumulando ao longo desses anos e é uma mistura de tudo. Sinto esse carinho do público e da imprensa. Estou muito grata, minha sensação, se eu puder resumir, é gratidão. Eu não sinto nada como se tivesse tirado um peso. Só sinto que ganhei um presente. A gente quando vive grandes sucessos, fui indicadas pela Maya, pela Bibi e agora pela Maria da Paz. O nosso grande sucesso é o reconhecimento do público. Quando você ganha um prêmio é a materialização desse sucesso. Eu sempre me senti muito grata por todas as personagens que eu fiz. Todas elas me trouxeram até aqui."
Efeitos da web
Ela não deixou de afirmar que percebeu que, especialmente nas redes sociais, tentaram criar um desconforto entre ela e Paolla Oliveira e por isso fez questão de, em seu discurso de agradecimento, pedir para que usuários das redes parem de incitar disputas.
"Eu sinto que isso acontece com outras colegas, outras mulheres e por empatia eu sinto esse desconforto. Essas comparações viraram moedas de troca por likes, por curtidas, por engajamento, esses algorítmos loucos que a gente nunca vai entender. De alguma maneira as pessoas entenderam que as enquetes e competições de quem é mais legal, mais bonita, isso é pequeno… isso é desconfortável. Não disse por mim, e sim pelas meninas mais jovens. Eu já estou nessa batida há 20 anos".
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