Juliana Paiva compara funk a uma brincadeira de sedução

Por - 26/10/12 às 13:32

Jorge Rodrigues Jorge /Carta Z Notícias

O fato de Malhação ter seu elenco composto em grande parte por estreantes foi um motivo a mais para Juliana Paiva querer fazer a novela infantojuvenil. A intérprete da ousada Fatinha pôde, a partir desse trabalho, compartilhar outras experiências profissionais e aprender ao lado de atores da mesma faixa etária. Ao contrário de parte de seus colegas de elenco, Juliana já coleciona alguns trabalhos relevantes na carreira, como TiTiTi e Cama de Gato.

"Sempre estive em núcleos com atores mais velhos. Isso dá uma sensação de time muito maior. A gente está sempre junto e gravando muito", aponta.

Por trás de toda a sensualidade da personagem escrita por Rosane Svartman e Gloria Barreto, esconde-se uma menina insegura e que se mostra de diferentes formas para os amigos e para a família. Juliana acredita na existência de duas personalidades opostas para seu papel, a Fatinha Fácil do colégio e a menina recatada na frente dos pais.

"Nem ela mesma se conhece. A personagem tem uma necessidade muito grande de se sentir querida e tem uma carência absurda", explica.

O figurino ousado, com roupas curtas e justas, não é um empecilho para Juliana, que sempre foi magra e não se preocupa com as cenas de barriga de fora.

"Não tive uma atenção especial para isso. Malho quando dá tempo, mas não foquei só nisso. Esse figurino é apenas da personagem. É como se fosse outra pessoa muito distante de mim", afirma a atriz.

Ela assegura que toda a construção de caracterização é parte importante para compreender o papel. Apesar de ter feito jazz quando criança, Juliana precisou retornar as aulas de dança para as diversas cenas de funk em que a personagem está inserida.

"Acabei descobrindo que não era uma dança vulgar. É uma brincadeira de sedução dela", revela.

Nascida no Rio de Janeiro, a atriz já morou em Fortaleza e Salvador. Desde muito nova, passou a modelar e fotografar. Mas foi aos 11 anos, na capital baiana, que esta carioca teve seu primeiro contato com o mundo artístico. Na época, a atriz começou a fazer aulas de teatro. Quando voltou ao Rio, não tinha dúvidas da carreira que pretendia seguir e participou de diversos testes até passar para o filme Desenrola, escrito pela atual autora de Malhação.

"O filme me abriu uma porta gigante. Foi meu primeiro papel grande. A gente tinha uma liberdade para fazer o personagem do nosso jeito e isso nos ajudava muito", lembra.

Mesmo com o filme e algumas participações em novelas, como Viver a Vida e Cama de Gato, a grande repercussão de Juliana aconteceu em Ti–Ti–Ti, quando deu vida a Valquíria Spina, personagem interpretada por Malu Mader na versão original.

"Como ela também estava no elenco,  sempre me ajudava com várias dicas. Foi um momento muito feliz da minha vida que eu nunca vou esquecer", elogia a atriz, que chegou a assistir a algumas cenas da primeira versão.

Atualmente, Juliana cursa faculdade de Publicidade e Propaganda como uma alternativa aos possíveis altos e baixos da carreira artística. Mas sem abrir mão da atuação.

"Eu nunca quero parar de estudar e tenho isso bem resolvido na minha cabeça. Mas o que realmente me faz feliz é atuar", desabafa a atriz, que ainda deseja viver diversos papéis, como em algum trabalho de época ou uma vilã.

"Seria legal atuar em um tempo que não vivi. E as pessoas dizem que tenho cara de mocinha, queria contrariar essa ideia. Qualquer papel que vier irei estudar com muita dedicação", planeja.
 

Juliana Paiva comenta o sacrifício que fez para fazer Malhação

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