Julianne Moore revela que não gosta de desfilar no tapete vermelho

Por - 14/04/06 às 10:19

Divulgação

Julianne Moore é uma das poucas atrizes de Hollywood capaz de expressar sentimentos sem dizer uma palavra. A bela ruiva coleciona heroínas trágicas no cinema, como em Fim de Caso, Longe do Paraíso e As Horas. Mas nenhuma das personagens, por mais infelizes que sejam, parece afetar o bom humor da atriz.

“Só me irrito quando o meu agente pede que eu use mais maquiagem”, conta, rindo em entrevista à revista Elle de abril.

Em Hollywood, há um exército de cabeleireiros e maquiadores atrás de nós. É tanta gente que às vezes esqueço quem me tornei e acabo observando tudo ao redor como se fosse irreal”, comenta.

Ela é segura, realizada e não tem nenhum estrelismo. “Desfilar pelo tapete vermelho é a coisa mais tediosa do mundo”, revela. Só mesmo uma mulher tão bem resolvida como Julianne para abraçar personagens tão desglamourizadas.

O exemplo mais recente é a protagonista de A Cor de Um Crime, uma mãe desesperada com o seqüestro acidental do filho – que dormia no banco traseiro quando o carro foi levado por ladrões. Pela gravidade da situação, a atriz aparece em todas as cenas com os olhos inchados de tanto chorar. “Adorei ter uma boa desculpa para dispensar cabeleireiros e maquiadores”, diz, divertindo-se.

Vida Pessoal

Filha de um militar e de uma assistente social, Julianne nasceu em Fayeteville, na Carolina do Norte, mas passou a infância e a adolescência mudando de uma cidade para outra, de um país para outro.

Antes de completar 20 anos, a atriz já tinha trocado de endereço 23 vezes, vivendo em lugares tão diferentes quanto o Alasca e Frankfurt, na Alemanha. “Era difícil fazer amigos, ainda mais no caso de uma menina tímida e que usava enormes óculos de grau como eu”, lembra. Quando a família se fixou em Boston, ela se formou em drama na universidade local. De lá, partiu para Nova Iorque, de onde nunca mais saiu.

Em 1997, após dois divórcios, Julianne se apaixonou pelo diretor Bart Freundlich, nove anos mais novo, com quem vive desde então num dúplex do West Village, em Manhattan. “Jamais me mudaria para Hollywood. Morar na meca do cinema deixa qualquer um louco. Prefiro ficar aqui, onde posso dirigir o meu Mini Cooper. Sem contar que sou superbranquinha. Imagine o estrago que o sol da Califórnia faria na minha pele!”, afirma.

Julianne e Bart se casaram no papel só em 2003, depois do nascimento de dois filhos: Cal, agora com 8 anos, e Liv Helen, 3. “Fizemos tudo de trás para a frente. Adorei a pessoa que me tornei depois de conhecer Bart e formar uma família. Os filhos deixam você muito mais consciente sobre o que ocorre ao seu redor, o colocam em contato com a sua essência. Como atriz, fica-se mais aguda, o que faz superar os seus limites”.

Carreira

Os primeiros trabalhos surgiram nos palcos off-Broadway, o que lhe garantiu convites para atuar em novelas de TV, as chamadas soaps americanas. A sorte começou a mudar ao ser escalada por Robert Altman para Short Cuts – Cenas da Vida. Só então chamou a atenção de outros diretores de prestígio, como Louis Malle, de Tio Vânia em Nova York, James Ivory, de Os Amores de Picasso, e Steven Spielberg, de O Mundo Perdido – Jurassic Park.

A atriz, que já participou tanto de filmes de arte como de comédias românticas (Nove Meses e Leis da Atração) e de blockbusters (O Mundo Perdido – Jurassic Park e Hannibal) já foi indicada quatro vezes ao Oscar. Duas vezes no mesmo ano, em 2003, quando competiu como atriz principal, com Longe do Paraíso, e como coadjuvante, em As Horas. Ainda disputou a estatueta dourada de melhor atriz com Fim de Caso e de coadjuvante com Boogie Nights – Prazer sem Limites. Os quatro filmes eram dramas, o gênero que melhor se adapta ao seu caleidoscópio de emoções. “Não posso negar a preferência pelas personagens que me deixam esgotada psicologicamente”, admite.
 

 

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