Justiça bloqueia passaporte de réu por ofensa a Taís Araújo

O juiz Eduardo Garcia Albuquerque, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou o bloqueio do passaporte de Celso Henrique de Oliveira Yamashita. O empresário responde por injúria racial contra a atriz Taís Araújo.

Talento de Taís Araujo resiste ao tempo, às críticas e a tentativas de apagamento

A medida inclui a apreensão do documento e dessa forma busca garantir que ele permaneça no Brasil até receber citação formal sobre a ação penal.

O caso ganhou força a partir de mensagens enviadas em 2022, quando Taís Araújo criticou o então presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, Yamashita publicou em um grupo de WhatsApp do condomínio onde morava, em São José do Rio Preto, a frase:

“É uma infeliz. Maldita Princesa Isabel”. Um vizinho logo encaminhou o conteúdo ao Ministério Público, que passou a investigar o episódio.

Ministério Público aponta risco de fuga

A denúncia foi aceita pela Justiça em novembro de 2023. O MP então sustentou que a fala representava reprovação direta à Lei Áurea, sugerindo que pessoas negras não teriam direito à opinião se a abolição não tivesse ocorrido. Nos autos, o empresário declarou que se tratava apenas de uma “brincadeira”.

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Desde então, a Justiça não conseguiu notificá-lo pessoalmente. Diante da dificuldade, o promotor Fabio Miskulim pediu o bloqueio do passaporte. No documento, afirmou que Yamashita estaria viajando com frequência ao Japão e poderia ter alterado o nome para Musashi Henrique de Oliveira Yamashita.

Com o objetivo de evitar uma saída do País sem ser citado, o magistrado atendeu ao pedido. A ordem foi encaminhada à Polícia Federal e à Receita Federal, responsáveis por executar a medida. O processo segue em andamento.