Kajuru e Datena aprovam a invasão das mulheres no jornalismo esportivo
Por Redação - 07/11/11 às 12:04
As mulheres, aos poucos, estão quebrando tabus no futebol. É verdade que o meio ainda é machista, mas elas estão ganhando seu espaço. A RedeTV! tem o Belas na Rede, programa comandado por Paloma Tocci, que tem a seu lado Milene Domingues, Marília Ruiz e a ex-jogadora Juliana Cabral.
A Bandeirantes colocou Renata Fan em seu principal programa, o Jogo Aberto. Tem ainda Glenda Kozlowski, Cristiane Dias, Soninha Francine e Vanessa Riche.
Jorge Kajuru, apresentador e comentarista, acredita que as mulheres sofrem boicote por parte da mídia.
“Para mim só entendem a Soninha (Francine) e a Glenda (Kozlowski) da Globo. O meio é machista, dificulta e faz todo tipo de sacanagem para que não surjam novas Soninhas e Glendas. A Vanessa Riche, do SporTV, está evoluindo muito”, diz Datena ao site OFuxico.
“Na TV Esporte Interativo tem umas duas que serão feras em pouco tempo. Odeio a Renata Fan! Ela sem o TP (teleprompter) não segura 30 segundos de programa. Ela diz estudar tática. Pergunto, em qual faculdade? De Harvard? Fan apenas anota e decora lances minuto a minuto de jogos”.
Sem papas na língua, Kajuru segue com sua análise sobre Renata Fan e ainda comenta a respeito de Paloma Tocci e Kelly Dias, sua companheira de TV.
“Como ela está na Band, é mulher, consegue telefonar para treinadores que fornecem esquema de seus times e como são ou foram suas estratégias. Dai, ela faz discurso, como se ela soubesse de tudo. Paloma apresenta muito melhor do que Renata, mas ainda não saca futebol. A Kelly Dias, que apresenta programa comigo, é muito novata. Já cresceu bem apresentando. De futebol tem muitíssimo a aprender”.
Confiança nelas!
A opinião de José Luiz Datena, “amigo quase irmão” de Kajuru, é mais amena. Ele prefere focar nas qualidades femininas dentro da profissão:
“No Brasil, independente do sexo, as pessoas entendem muito de futebol. Há pessoas que sabem mais que os comentaristas de TV. Não tenho nada contra as mulheres no jornalismo esportivo”, diz ele.
“A mulher tem muito mais sensibilidade para ver uma partida de futebol. Elas dão um enfoque diferente. O futebol não pode ser clube do bolinha. Sou contra o clube do bolinha”, completou o apresentador de Brasil Urgente.
A voz feminina!
Pelo lado feminino, Renata Fan acredita que há um olhar diferente quando a mulher está no comando de um programa esportivo. Mesmo assim, Renata prefere não polemizar.
“Preconceito eu acho uma palavra muito forte. Na verdade pode ter uma desconfiança por uma mulher não ter jogado futebol, mas eu vejo que tudo é muito fácil de ser contornado na medida que você gosta, do que você se atualiza”, avalia a bela.
“Eu vejo 15 jogos durante uma semana, é um prazer, um privilégio, algo que não enjoo. Pelo contrário! É algo que trabalho de segunda a sexta e cada vez eu gosto mais. Eu sou uma pessoa entusiasta com o esporte. Acredito que, apesar de alguns problemas, algumas deficiências, o lado positivo do futebol prevaleça e acredito nisso sempre”,conclui Renata.
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