Karina Barum vira diretora de teatro e fala das dificuldades em se manter na TV

Por - 04/03/12 às 10:17

Divulgação/TV Globo

Quando decidiu ser atriz, motivada pelo sucesso da irmã mais velha – a cantora Vanessa Barum – Karina Barum sabia que o caminho não seria fácil. Mesmo assim, enfrentou o receio da família, e ingressou no teatro. Quatro anos depois, lá estava ela: experimentando o gostinho do sucesso ao se expor em rede nacional com uma personagem carismática na Globo (a manca Shirley, na novela, Torre de Babel). Quatorze anos se passaram e, enquanto aguarda um convite para retornar às telinhas (ela não faz uma novela há sete anos), Karina dá um novo rumo à sua carreira. A brasiliense, acaba de estrear como diretora da peça, Mulher Burra, uma adaptação do livro multiautoral, Mulé É Um Bicho Burro Mermo, em cartaz no Teatro União Cultural, em São Paulo desde quinta-feira (1).

O novo desafio é fruto das aulas de cinema e tevê que vem aplicando para crianças e adolescentes na capital paulista.

"Sou professora de interpretação e sempre tive vontade de dirigir. Achei que essa era a hora de experimentar. Amo minha profissão, mas é muito difícil se manter como atriz na tevê", diz, em entrevista ao jornal Extra.

Na contramão de celebridades que fazem de tudo para aparecer cada vez mais lindas e belas, ela nunca deixou de abrir mão da vaidade em prol de um personagem. Pelo contrário, sempre fez disso um trunfo, a julgar pela manca, Shirley; ou a índia, Tiburcina, que fica com as mãos paralíticas (em O Profeta, na Globo); a presidiária, Letícia (em Louca Paixão, da Record, sua primeira protagonista); a mimada, Graziella, que morre de depressão após ser rejeitada pelo noivo (em Esmeralda, do SBT); e a assassina lésbica, sua última aparição na telinha, no seriado Tribunal na TV, da Band.

"Lembro até hoje do (diretor Carlos) Manga me dizendo que meu personagem (a Shirley) seria pequeno, mas teria um probleminha na perna. Ali, eu já sabia que aquela seria uma grande oportunidade na minha vida. E foi o que aconteceu. A Shirley me abriu muitas portas, me deu um grande reconhecimento profissional e a oportunidade de interpretar personagens ricos da teledramaturgia. Mulheres com uma carga de emoção muito fortes e desprovidas de qualquer vaidade. É claro que é difícil você abrir mão de sua vaidade por uma personagem, mas é importante se libertar. Muitas das vezes, o ator não quer fazer um papel porque acha que pode se queimar. Eu não. Vou com sangue nos olhos e viro o jogo", diz ela ao jornal.

Em 18 anos de profissão (e com 40 de idade), Karina se casou (com o editor de novelas, Luciano Ferraz, com quem tem uma filha, a Manuela, de 8 anos), se separou (em 2003), e iniciou um novo relacionamento (com o chefe de cozinha, Lisandro Laurette, com quem está há 7 anos).

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