Kledir Ramil na Copa: Brasil 1 x 2 Bélgica

Por - 06/07/18 às 20:00

Divulgação/ Lucas Figueiredo/CBF

Não deu. O Brasil perdeu e está fora da Copa. O sonho do hexa ficou pra 2022. Meu consolo é que perdemos pra um time que joga bola e não pra um desses retranqueiros ou, o que seria pior, um desses times que vencem na base da porrada, com jogadas desleais. A Bélgica tem uma ótima seleção, com craques como Hazard e De Bruyne, que são destaque em times de ponta do futebol europeu. Mereceram a vitória e se credenciam para levantar a taça dia 15 de julho, em Moscou.

A Bélgica é um país que tem três idiomas oficiais e minha expectativa era que eles não conseguissem se entender em campo. Doce ilusão. Acho que os caras se comunicam por telepatia. O time estava afinado e organizado.

Só pra ilustrar o assunto, o zagueiro Kompany domina quatro idiomas, os três oficiais – neerlandês, francês e alemão – mais o inglês. É outro nível. Lembrei de um antigo craque brasileiro que foi jogar na Itália: nunca aprendeu a falar italiano e ainda desaprendeu a falar o português.

Claro, hoje em dia nossos jogadores já estão muito mais preparados neste quesito, talvez nos falte a telepatia. Ou sei lá o quê. Uma dose de sorte? Sim, o Brasil vinha crescendo na competição, não estava mal em campo e o primeiro gol da Bélgica foi um incidente de percurso, uma bola de raspão que desviou no ombro do Fernandinho e deslocou o Alisson. Sem isso, talvez o resultado da partida tivesse sido outro. E a história estaria sendo escrita de outra maneira. Mas futebol é assim, o que vale é a bola que entra. Tivemos várias oportunidades e só aproveitamos uma. Eles meteram duas na rede.

Fico triste pois gosto do Tite e sou um entusiasta dessa nossa seleção atual. Temos uma geração de grandes jogadores que mereciam uma consagração definitiva: Neymar, Coutinho, Marcelo, William, Douglas Costa, Casemiro, Paulinho, Thiago Silva… Alguns ainda estarão em 2022, outros não. Os que aguentarem até lá vão chegar mais rodados, o que traz vantagens e desvantagens.

Espero que a CBF mantenha o Tite no comando da seleção. Com mais quatro anos de trabalho ele é capaz de organizar uma equipe ainda mais competitiva e trazer finalmente a taça pra casa.

Agora, é bola pra frente. Vamos nos concentrar no futuro imediato. Perdemos a Copa e temos um país pra consertar. É ano de eleição. Daqui a três meses vamos escolher Presidente, Governadores, Senadores e Deputados. E depois vamos ficar de olho neles, que nem o VAR. Não vamos dar moleza pra quem cometer infração.

Boa sorte pra todos nós.

 

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