Lair Rennó diz que ganhou mais espaço em Encontro com Fátima Bernardes
Por Redação - 03/06/13 às 20:00
Lair Rennó já acumula mais de 16 anos de Globo. Talvez por isso, o jornalista mineiro tenha encarado com tanta tranquilidade e entusiasmo a possibilidade de mudança do hard news para a linha de entretenimento da emissora. No Encontro com Fátima Bernardes, Lair funciona como uma espécie de ligação entre a apresentadora e o público, através das redes sociais e da internet de uma maneira geral.
"Tenho um espaço bem maior do que imaginei. Todo mundo ali, aliás, faz mais do que imaginava. A Fátima gosta demais dessa resposta do público através da web", avalia o jornalista, que começou na Globo em Minas e passou quatro anos como apresentador da Globo News.
Lair foi convidado para o Encontro pela própria Fátima. Os dois dividiam o mesmo camarim na Globo na época em que ele apresentava o Brasil TV, jornal que entra no lugar dos telejornais locais para o público que tem antena parabólica e só pega sinal de satélite.
O Fuxico: Depois que estreou, o Encontro com Fátima Bernardes já passou por ajustes. Esse clima instável inicial chegou a assustar você, já que deixou a Globo News por esse trabalho?
Lair Rennó: Não, o balanço que faço até agora é muito positivo. Acho natural passarmos por transformações depois que recebemos a resposta do público. E isso vem aos poucos mesmo. E, de qualquer forma, a essência do programa – que é a de bate-papo e conversa inteligente – não mudou. Temos um espaço de discussão bem legal. Pelo que ouço nas ruas, as pessoas gostam do que apresentamos. São assuntos que afetam os telespectadores em geral. A intenção sempre foi discutir tudo com alto nível de informação e trazer o espectador para se tornar um integrante fixo do programa. E, pelo que vejo, conseguimos.
OF: Como a Fátima chegou ao seu nome para o programa?
LR: Durante um ano e alguns meses, fiz o Brasil TV. Foi um período importante para mim porque cheguei a um público que me conhecia da época em que trabalhei em Minas Gerais e também a um público diferente. Nesse tempo, dividia o camarim com a Fátima e usávamos o mesmo maquiador. Eu chegava três da tarde e era um ritmo tenso. Mas foi ali que comecei a interagir mais com a Fátima. Ela foi me conhecendo melhor e, ouvia meus 'causos' e, um dia, mandou uma mensagem avisando que queria conversar comigo.
OF: Antes da possibilidade de fazer o Encontro, você já tinha tentado migrar da Globo News para a rede?
LR: Eu sempre quis fazer o caminho para a rede. Quando estava em Minas Gerais, conversei com o Carlos Henrique Schroeder, então diretor da Central Globo de Jornalismo. Foi ele quem me apresentou a Alice-Maria, diretora da Globo News na época. Na semana seguinte, eu já estava no canal de notícias. Achei uma experiência ótima, fiquei feliz e grato a todos. Mas, na verdade, eu sempre quis trabalhar na Globo mesmo. Pela Globo News, já entrei em plantão na Globo. Até porque são 24 horas de notícias no ar, a abrangência lá é sempre completa. Muitos nomes de peso da Globo de hoje saíram da Globo News. Como o Márcio Gomes e a Renata Vasconcellos, por exemplo. Você só encontra profissionais de gabarito ali.
OF: Mas agora você não faz mais parte da Central Globo de Jornalismo, pois o programa é da Central Globo de Produção. Como encarou essa mudança?
LR: Foi um pacote bem completo para mim. Eu queria poder apresentar um projeto que misturasse entretenimento e jornalismo e, assim, aproveitar o que eu tenho de humor. Sou cantor e tenho uma formação musical forte. Só que, com os anos, o jornalismo entrou na minha vida e a televisão absorveu meu tempo. Quando a Fátima me chamou, sabia pouquíssimo do projeto. Mas sabia que seria da CGP e feito no Projac. E passei muito tempo ouvindo que eu poderia contribuir mais em um programa informal, que eu seria um diferencial nesse caso. De fato, acho que sou. No Encontro, eu até já cantei! Por isso eu vejo o saldo como muito positivo para mim nessa mudança. Mas nada impede que eu faça "hard news" de novo.
OF: Sente falta dessa linha de jornalismo?
LR: Olha, eu fiquei 16 anos fazendo "hard news". Tanto que hoje aproveito a experiência que eu tive nesse período. Mas não tenho nenhum arrependimento em relação à decisão que tomei. Agradeço a todos que me receberam, mas não sinto falta. Hoje, consigo trabalhar com jornalismo de uma forma diferente. Todo dia tem informação no programa, tem bate-papo e tem diversão. Deixar de apresentar telejornal não foi um problema para mim. Eu queria mostrar para o público o que as pessoas próximas já conhecem há tempos. Fui sério com o que eu fazia no jornal. Lá, tratava de assuntos que pediam isso e seria desrespeitoso fazer diferente. Mas por agora, se eu puder, prefiro continuar investindo no entretenimento, nesse jeito mais informal de jornalismo que o Encontro me possibilita.
Conheça o bonitão que dividirá o palco com Fátima Bernardes em seu programa
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