Lars Von Trier é banido do Festival de Cannes após declarar-se nazista

Os diretores do Festival de Cinema de Cannes baniram o cineasta dinamarquês Lars Von Trier depois que o diretor expressou simpatia por Hitler e pelo nazismo durante coletiva de imprensa de seu novo filme, Melancolia, nesta quarta-feira (18).

Trier disse:

“Eu pensei que fosse judeu e era feliz por ser judeu. Mas então descobri que era, na verdade, um nazista… E isso também me deu certo prazer. O que posso dizer? Entendo Hitler…Simpatizo um pouco com ele.”

Os organizadores pediram que Lars se retratasse imediatamente depois da entrevista e o diretor explicou:

“Se magoei alguém esta manhã com minhas palavras na coletiva, eu sinceramente peço desculpas. Não sou antissemita ou racista. Tampouco sou nazista.”

Mas aparentemente o pedido de desculpas não foi suficiente.

Os diretores emitiram comunicado nesta quinta-feira (19), onde se lê:

“O Festival de Cannes traz artistas de todo o mundo para apresentarem seus trabalhos e defender a liberdade de expressão e criação. O conselho de diretores do festival, que teve uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, lamenta profundamente que esse fórum tenha sido usado por Lars Von Trier para fazer comentários inaceitáveis e contrários aos ideais da humanidade e da generosidade que direcionam a existência do festival.”

E conclui:

“O conselho condena firmemente esses comentários e declara Lars Von Trier uma persona non grata (pessoa indesejável) no Festival de Cannes, a partir de agora.”

O filme Melancolia, no entanto, ainda está na competição oficial do festival. Ele é estrelado por Kirsten Dunst, Kiefer Sutherland, Charlotte Gainsbourgh, Charlotte Rampling, Alexander Skarsgard e seu pai, Stellan Skarsgard.

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